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domingo, 27 de setembro de 2015

Tínhamos o mesmo nome

Eu quero um amor pra dizer que estou amando, quero um amor para me amar. Mas como posso amar alguém se nem me amo não amo mais. Como posso querer alguém do meu lado se nem do meu lado estou? Estou cercada por um eu desconhecido que ainda não encontrei. Como posso encontrar alguém se (repetindo) nem me encontrar me encontrei?
Antes preciso sair comigo, me conhecer e me "beijar", saber meu lado forte e meu lado fraco. Saber que antes de me entregar com alguém, preciso me entregar para mim mesma. Preciso e não sei como. Não sei.

E porque isso é tão difícil? Deve ser o medo.
A gente não vive para si, mas vive para os outros. Todos querem um pedaço da gente, mas e se eu também quiser um pedaço de mim? Sinto que estou afundando e não sei como voltar.


Um dia sonhei comigo mesma, eu estava caminhando sem muito saber para onde ir, estava com esse corpo, com essa carcaça e lá no fim da estrada encontrei-me comigo. Eram duas de nós. Duas pessoas com o mesmo rosto e sentimento. E senti que não conhecia aquela pessoa. Perguntei quem era e ela respondeu meu nome. Nós tínhamos o mesmo nome. Entretanto, ainda não sabia quem era. Como isso é possível? Deveríamos saber quem somos, até sabemos, Tenho 19 anos, estou na faculdade, não sou magra, estou solteira e moro sozinha numa capital que só me dar um pedaço de terra para ficar. Isso bastaria, certo? 
Para alguns sim. 
Para mim, ainda não sei. 

Penso que nunca saberei, e neste momento estou escrevendo sobre mim (que ainda é um desconhecido) mesmo tendo uma prova na manhã seguinte. Façamos nossas escolhas mesmo não querendo. 

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Esta noite ainda não terminou

A língua dela molhada, úmida, que me enchia de tesão. Percorrendo a minha boca sem vontade nenhuma de sair dela e eu já não controlava mais meus instintos. Agarrei ela que nem bicho que estava preso há muito tempo. As sensações, o toque estavam apurados. E deixo para vocês terminarem essa história porque a minha noite já está feita.


Na manhã seguinte, a vitória estava conquistada. Ela ainda estava deitada sonhando comigo e eu ainda estava olhando para ela. Seus olhos borrados de rímel por causa da noite passada e sua boca levemente rosada por causa do batom. 
Essa guria não sabe, mas me ressuscitou ontem a noite, essa guria não sabe, mas me apaixonei, me levantei das profundezas que eu já estava muito tempo. Essa guria não sabe, mas ela me salvou. Só por ter deixado eu entrar nela. 
Só por ter aberto a porta da casa dela. E o que eu posso fazer para agradecê-la? Invadir ela toda a vez que ela me pedir e toda a vez que ela não me pedir, mas pensar.