Final de semana

O final de semana passou, pessoas passaram por ele e aquela expressão "estar só no meio da multidão" nunca fez tanto sentido como agora. 

A percepção que eu tenho é que eu vivi, mas em nenhum momento eu me abri. 

Nesse sábado eu escutei três podcast, com três mulheres diferentes. Eu não tinha entendido o quanto aqueles podcast me incomodaram, mas agora entendi. Elas sabiam quem elas eram. Elas conversavam sobre si em uma naturalidade que eu não possuo. E foi por isso que fiquei tão irritada naquele final de semana. 

Falar sobre a gente não é uma tarefa fácil, se torna cada vez mais difícil ao passo que você nunca fala sobre si. 

Elas responderam a pergunta 'quem é você?' sem chorar, sem gaguejar e sem rodeios. Foram diretas e firmes. 

Uma pergunta tão simples, mas que eu não sei a resposta. 

Minha história não pode ser comum.

 A minha história é tão comum que se confunde com outras histórias que estão perdidas por aí. 

Pois a minha mente está tão confusa que entende que a história que ela está produzindo não é tão boa quanto pensa e isso faz com que corra atrás de histórias comuns e sem graças. 

Desculpe-me as histórias comuns e sem graças, mas eu não quero que a minha seja mais uma entre as tantas perdidas por aí. 

Mas para isso eu preciso acreditar em mim e não esperar que os outros acreditem por mim, pois as chances disso acontecer são mínimas. 

Sobre aquele síntese do comecinho, o comum sai caro; o futuro irá cobrar as suas dívidas do passado. 

Deixe os outros terem histórias comuns e sem graças... De degrau em degrau, devagar e indo, você conseguirá seu reconhecimento... de você mesma.

Deixe esse choro secar e passar. O choro faz bem, mas ele não pode ser para sempre, pois ele irá te atrapalhar. Ele faz com que você fique em um estado de melancolia, parada no tempo e querendo voltar ao passado. 

Mas porque voltar ao passado? Você já esteve lá e sabe que não foi bom para você. 

Saudade.

Quando for olhar para frente, não pense em mim, se não abrirá oportunidade para a saudade. 

E a saudade.... ela é arrebatadora! 

Continue olhando para frente, eu juro... fará bem a você. 

Solitário.

As pessoas pensam que estar sozinho faz de ti um solitário, mas pensando bem, estar rodeado de pessoas erradas é a coisa mais solitária do mundo.

Não falta nada.

Eu estou sentada na cadeira de cara amarrada, sem saber quais palavras usar para descrever o que eu estou sentido. 

Mas se tentar perguntar para o meu eu de alguns anos atrás como está minha vida agora, ele falaria que eu mudei muito. 

Será que mudei para melhor? 

Bom, a vida agitada que eu vivia, eu já não vivo mais. 

Mas o coração ainda está inquieto. 

Eu tenho tudo, mas ainda falta algo. 

E essa sensação "de faltar algo", vai me encurralando... Escapo para descobrir o que me falta ou fico para entender que não falta mais nada? 

Se você souber a resposta me avise. 

Eu sempre estarei aqui.