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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Não faz mal, não foi por mau


Joguei todas as tuas cartas fora, demorei um pouco para me recuperar, mas de todos os comentários o teu foi o que mais me afetou. Estremeceu a base, os anos de convivência, e percebi que tudo era uma grande mentira. Uma bela e bosta mentira!
Sei lá, eu tinha TINHA um carinho muito especial por ti. Tu gostava das mesmas músicas que eu, principalmente aquela que ouvíamos juntinhos com o mesmo fone de ouvido na cama da tua mãe - escondidos. Tu me olhava com o canto do olho azul e cantarolava a música com tua timidez, que foi um dos fatores por eu ter me apaixonado por ti, cantava só um pedacinho e mexia nos meus cabelos... Tu também usava calça bege, camiseta que toda menina queria emprestada, tu tinhas - e ainda tem, um sorriso de dar inveja em qualquer um e que ficava muito bonito em qualquer fotografia. Mas tu não fez ideia do quanto poucas palavras me magoaram. Não contei, engoli o choro e corri o mais rápido que pude pra minha casa. Era um refúgio. Sabia que tu, se corresse atrás, precisaria tocar a campainha para entrar. Meus sentimentos estavam confusos, raiva misturada com coração partido e por volta um amorzinho que não quis desaparecer. Rodei a chave na fechadura e respirei fundo até o oxigênio invadir o cérebro e me deixar tonta. 
Foi um detalhe que estragou tudo, mas ainda preciso ouvir teu lado. Mas não faz mal, sei que não foi por mau. Mas destruiu-me. 

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