A verdade é que, tanto lá quanto cá, estou me sentindo sem amparo, sem ninguém perguntando se eu estou bem E aqui, preciso perguntar para mim mesma. A diferença que lá mora minha mãe e não é feio pedir socorro para mãe. Aqui, nem isso eu tenho. Se chorou, ninguém ouve. Só tu, e isso incomoda... Incomoda tanto que tu fica até louca. Quer gritar. Aqui ninguém liga muito para ninguém. Se já tem um amigo, pra quê dois? Como é chato ser carente... Mas isso eu não digo pra ninguém, mesmo me sentindo uma bosta, sou forte pra quem perguntar. Deixa-me desabar quando chegar em casa, aí só a parede vira minha amiga. Eu encosto nela e recebo um abraço, gelado, mas faz cair na realidade.
Ninguém sabe o que é se sentir sozinha, só sabe quando vem esse sentimento à tona. Que coisa ruim, parece que o peito nunca se preenche. E ainda coloco a culpa na porcaria do amor, que nem para fazer o meu destino coincidir com o de algum ser. Ou sim? E eu não dei bola? Resumindo, tô querendo carinho, de quem quiser me dar...

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