Queria te falar as coisas mais bobas, bobocas e insignificantes. Queria te contar do meu dia, mesmo se fosse os sonhos que sonhei naquela tarde, mas com entusiasmo de virar o olho e tu somente prestando atenção no jornal. Queria tudo e tudo entra na categoria de ti. Queria, é passado. Quero o que não tenho e não tive, quero de desejar... De eros de Platão.
Queria andar de mãos dadas por aí, quase sem vontade de colocar um pé após o outro para poder caminhar. E no meio do percurso, lógico, tu me desse um beijo sem muito querer.
Querer é presente, e querer não significa que tenho. Logo desejo, logo amo. Mas sinto que se tivesses tu, não amaria tu. Porque querer não é ter e assim, não tenho tu. E amar é não ter, é simplesmente querer. E vivo sem muito rumo, porque minhas decisões precisam de ti. Minhas decisões digo do amor porque ir ao cinema sozinho é tão ruim quanto ir sem pipoca.
Mas poderia amar do jeito de Aristóteles, que é amar o que já se tem, desejar enquanto se tem. A falta que fez presença. É Filia que é alegria porém aí teria que ter tu do meu lado, mas o que fazer quando tu não estás?
E querendo sempre, ficar com os dois já que um completa o outro.

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