E no final das contas, a garotinha chegou em mim e me beijou. Mas foi um beijinho sem graça, que só toca o lábio e deixa quieto. E depois ela sorriu, quase pensei que não podia, porém não deu. Não deu e não me controlei. Puxei o braço dela, o olho arregalou e eu taquei um beijo daquele que ela até ficou sem fôlego.
Nossa Senhora! Ela não sabia nem o que fazer, passou os dedos pelos lábios quase com maldade. Fez o mesmo com a língua, eu tinha certeza que ela queria mais. Como queria! A boneca queria mais, e eu dei. Dei muitos beijos, de puxar o cabelo e o pescoço ficar a mostra querendo ser mordido, chupado e marcado. As mãos finas e com muitos anéis nem sabiam onde tocar, tocavam às vezes minhas costas querendo tirar, sem estragar, minha camisa, tocavam meu cabelo e depois voltaram a ficar soltas. Mas aí, eu a prendi. Entrelacei minha mão na dela. E o corpo da boneca quase sumiu em mim.
A vontade de olhar ela ficou maior, a soltei e o meu olho focou o dela. Focou tanto que fiquei quase hipnotizado. Ela bebeu um gole daquela bebida verde misteriosa e contou alguma história de alguma amiga, mas eu estava surdo. Nenhum som ouvia, se eu olhasse mais um pouco a boca dela... Não deu tempo nem de pensar. Muito menos de se apaixonar.
Beijei. E queria uma cama, quatro paredes e ela soluçando de prazer.

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