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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Distanciou


Tu és uma daquelas chances boas que a vida não me daria duas vezes. E eu terei que perder, culparei o ditado "pessoa certa, momento ruim". Duzentos e cinquenta quilômetros estarão nos separando, três horas e dez minutos nos impedirão de nos ver quase todos os dias, faça chuva, faça sol, com onda ou lagoa. Espero que a saudade seja mútua, espero que tu estejas contando os dias para nos encontrar, que cada final de semana que nos tocamos sejam eternos até que venha o próximo. Que tu siga a tua vida, mas pergunte da minha, que a internet esteja ao nosso favor e não contra. E que a câmera do celular bata momentos que não estaremos juntos...

Oh dia ruim que fomos nos conhecer... era o segundo rolé da noite, só pra não acabar a noite à uma da manhã, só pra poder beber mais um pouquinho e, aliás, era hip hop que o DJ tocaria! Não era de se jogar fora. Acho que foi por causa da calça trocada pela saia que a gente se encontrou, a vontade de fumar um cigarro naquela música que eu não gostava muito, a vontade de sentar... que terminou eu sentada do teu lado. A gente deve ter se olhado, mas não foi "amor à primeira vista", não foi o que romances clichês esperam. Não foi nada.
Se eu teria que culpar mais alguma coisa, culparia a minha bexiga. E tu me seguiu e me esperou.

Tu não tinha me atraído, nem eras tão bonito... Então foi o que? Posso passar essa pergunta? Lembrei! Deves ter comentado que estavas de carro e o fato de eu estar do outro lado da cidade que coube perder meia hora conversando contigo. Colou! E tu me deu o teu telefone, deixei guardado. Mas era só isso que eu queria! Nem no elevador eu sorri para mim mesma através do espelho e falei que a noite tinha sido boa... Acredito também que seja pelo fato de não ter falado contigo naquele dia.

A história do nosso amor estava indo bem, era boa pra contar pros amigos. Mas só ficou naquilo. Quando fui para outra cidade, nem nos falar nos falamos mais. E mais uma história teve um fim, eram poucas páginas de amor, mas teve sua relevância já que ainda tento sair contigo sempre quando posso.

Pessoa gente




Então eu corro pra praia pra ver o mar, sentir a onda bater, as ideias clarear e em um segundo eu giro o mundo. Eu vou pro mar, abraçar a natureza, me libertar dessa muralha de concreto porque sou moleque solta. Eu vou ver o pássaro azul voando sem destino enquanto tomo uma breja gelada, brindando o silêncio que não me mata. A propósito, me traz saúde, me traz aquela "vontade de respirar mais uma vez" para poder encantar os olhos. Rechear a alma só de coisas boas. Eu vou sorrir, transmitir alegria através do meu sorriso porque além de ser sujeito de direito sou pessoa gente. Faço das emoções minha porta de entrada, minha moradia, meu chão.
Sou gente do bem, que dá risada de si mesmo no meio da rua, que canta música no ônibus bem baixinho... Que vê tudo bonito.

A areia entra no meio dos dedos dos meus pés e eu adoro essa sensação, do meu lado está o menino e eu me sinto tão bem. O sol me dando bom dia... Lá do coração, lá da alma, do fundo que ainda é escuro, mas vai clarear.

E sabe o que o menino faz? Olha o céu como se fosse a primeira vez que olha para algo. E eu faço o mesmo e sabe o que eu sinto? Uma vontade de respirar, uma vontade de gritar "eu estou livre!".