Pesquisar este blog
domingo, 29 de junho de 2014
Eu não sei lidar
Queria começar esse texto com a frase "eu não sei lidar". Não sei, eu fujo das coisas, fujo das perguntas que não sei responder. Fujo das pessoas e quando não sei resolver o que está na minha frente, eu simplesmente corro. Corro por medo de me magoar, mas acabo magoando a pessoa que se encontra diante a mim. Correndo vou chorando.
Hoje um homem me perguntou, algo que eu já sabia, mas mentia para mim mesma. Mentia porque não queria enfrentar aquilo. "Tu tem medo de demonstrar que tu gosta ou curti alguma coisa ou alguém?" Eu olhei a mensagem e não respondi, ela está lá para ser respondida, mas meus dedos não conseguem achar uma resposta razoável e se acharem será alguma ironia seguida por uma risada forçada. Seria basicamente eu correndo e depois chorando. Sozinha. Comigo e eu.
Quando fui procurar uma foto na minha pasta de imagens no computador, para o texto, eu não achei. Daí conclui, uma fraca conclusão, que prefiro fingir - aí está novamente o tal do verbo maldito- estar rodeada de pessoas e escrever mentiras alegres. Porquê uma pessoa salvaria uma foto de alguém sozinho sofrendo? E logo vem a segunda pergunta, porquê alguém bateria uma foto assim? Ninguém quer estar sozinho.
Infelizmente, todo esse questionamento é sobre o amor. E culparei ele porque seria estranho eu mesma própria me culpar. Jogarei a culpa em outro coisa e sobrou para o coitado do verbo "amar" que separado fica " a-mar", ao-mar... Jogarei a culpa também no mesmo garoto que me perguntou sob demonstrações e sob a festa que nos encontramos. Jogarei a culpa também no futuro. Isso quer dizer, deveríamos ter nos encontrado no verão, em março, em abril... Não no final de junho. Tu sabias que eu iria embora no final de julho. Um mês é pouco para viver um bom amor!
Não queria me estender, até porque não estou mais conseguindo ver as teclas do teclado devido às lágrimas que estão saindo dos meus olhos. Que ciclo vicioso: fugir, correr, chorar e se lamentar. A mente quer fazer uma coisa, mas o coração manda outra. Queria ter mais essa impulsividade que o signo de Áries tanto tem. Mas Capricórnio não me deixa ultrapassar a barreira. O homem dormirá sem saber a minha resposta. E tudo que eu queria dizer era que tenho medo sim, medo das pessoas entenderem errado.
domingo, 22 de junho de 2014
Intenções
“Está aonde?”
“Na estação, mas não tem mais metrô”
“Ok, estamos passando aí. Espera. ”
Nós três no carro e a decisão de ficar sozinha contigo nem foi me
apresentada. Simplesmente fiquei a cargo de levar o garotão para casa. Papo
vai, papo vem e teus olhos cruzaram com os meus. Foi como se uma chama estivesse se apagando e ao cruzar nossos olhos ela se reascendesse. E daí pra frente são
apenas flashes na minha mente. Que ainda espera por mais de ti – relatarei antes
que me arrependa.
Sou capaz de sentir o peso da tua mão sobre a minha coxa. Que mão forte,
pesada... Mas eu não ligava nem um pouco. Em seguida, escutava tua respiração
ofegante enquanto se empenhava em sugar meu pescoço com a mesma vontade de um
lobo ao sugar, até a última gota, a vida de sua presa. Como era bom o teu
cheiro: cheiro de homem, de decisão, de quem sabe – bem – o que quer. E como
esquecer o tom da tua voz? Impositiva, bem colocada, autoritária, sentindo-se o
dono da situação.
“Para ali! ”
Obedeci como presa. Parei, recheada de segundas, terceiras e piores
intenções. As risadas foram frouxas, pois apesar de querermos explicações todas
as nossas perguntas deram espaço para algo mais forte: o desejo que eu tinha de
ti e o seu por mim.
“Gostosa...”
Foi assim, me comendo com os olhos e me chamando de gostosa por vezes a
fio que eu me vi entregue, beijando-te e te segurando firme. Tu falavas
ofegante que queria me comer, ali, daquele jeito. E eu, confesso, teria
deixado, mas não tinha como. Era essa minha visão: tu nu no meu carro, um homem
feito e naquele momento sem defeitos... Só pra mim.
Aproveitei e te mostrei como se trata um cara feito tu, com a boca fiz
tu ir visitar a lua, coloquei-te para contar estrelas e te fiz uivar. Feito
lobo em dia de lua cheia.
Essa fêmea era eu. E eu estava ali. Sua. Mostrando para ti que sou bem
mais do que tu jamais pudesse ter imaginado... E sabe como eu sei que fui tão
bem? Pois foi tu que entregue ao prazer disse que nunca tinha sido chupado como
há poucos instantes. Me lembro ainda de nem lembrar que as horas passavam,
queria mais era estar contigo por uma eternidade, se fosse possível. Você não
alcançou o teu objetivo e mesmo assim foi bom. Afinal, foi frisando que “isso
não terminou por aqui” que tu saíste do carro e me deixou ali, pronta para ir
para casa com o teu sabor ainda nos lábios...
Foi bom saber que sou desejada, mas melhor do que isto é saber o
fascínio que eu provoco em ti, e como te deixei louca sem ao menos tu ter me
mostrado nem de perto a metade do homem que tu dizes ser. Enfim, eu só posso
comentar daquilo que já provei. E tu, como homem, ainda tem muito mais a
exibir.
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Escrevendo mentiras
Era pra gente ser a gente e pronto, sem mais nem menos. Sem erro, sem farelo, sem vírgulas. Atropelando tudo que estivesse ao nosso caminho, na nossa estrada que iriamos caminhar de mãos dadas, até quando as nossas mãos estivessem suadas. Era. Sublinhando em negrito o verbo ser no passado. Era, porque se foi. Poderia estar escrevendo como tu me deixava bem quando estava do meu lado, mas não ligo para isso agora. A melhor parte de mim se foi, se foi e não sei se tem previsão de volta. E agora o que direi? Poderia também dizer todos os teus defeitos fulos, mas pra quê se o ponto final já fora colocado? Então eu faço assim, eu sento e choro. Daí me levanto, espio pela cortina e vejo se o dia está bonito, se estiver chovendo eu faço o que estava fazendo: sento e choro. Repito e se estiver bonito, eu levanto, calço os sapatos e caminho pela rua, quem sabe comer um cachorro quente e lembrar de como tu sempre deixava um pouco de ketchup no canto da boca. E eu limpava com um beijo.
Ôh beijo que era bom, que me arrepiava. Ôh beijo que me lambuzava toda, que eu te chamava segurando tua camiseta para mim, pedindo mais. Não era o suficiente. Ôh beijo que me levava nas alturas e depois voltava pra terra. Beijo teu quero todo dia, toda noite, toda madrugada, a cada dois minutos.
quarta-feira, 18 de junho de 2014
Sorrir = melhor remédio
E tudo que a gente quer é ser feliz. É jogar dando o seu melhor, mostrar que sorrir é o melhor remédio contra os infelizes. E mentir que não se importa com nada. Porque eu lembro um dia desses que tu me disse que não ligava a mínima para o que teu namorado estava fazendo, mas não parava de mexer no celular esperando um "sms" com um eu te amo fajuto e emoticons de corações. Essa vontade louca que a gente tem de querer gritar pra todo mundo que cuidamos da nossa vida... É mentira! Necessitamos de atenção, somos humanos, precisamos estar rodeados de amigos dizendo o que devemos fazer e no final, de tanto palpite, seguir com nossos próprios pés. Precisamos de carinho, um lar para quando der tudo errado nós batermos na porta e pedir: "tem café aí?" e ao invés de nos responder apenas nos abraçariam. "Vai ficar tudo bem".
E tem aquela dúvida, será que o namorado liga pra gente? Minha amiga jura que o dela a ama, morre de amores, e não quer saber de nenhuma outra mulher. Ela está enganada, já vi ele no cangote de outra loura oxigenada. O meu eu não sei, preciso ter um para responder a pergunta. Mas é que a nossa natureza é isso, ter um e no final da equação virar dois. Bom, só os cafajestes, os malandros. Porém é dos malandros que elas gostam mais. Eu gosto. Duvido que a minha amiga não curta um beijo safado de um desses caras ao do namorado lerdo dela.
Acho que somos filósofos, esse é o nosso verdadeiro trabalho. Queremos saber de tudo, queremos ser superiores e não conseguimos nem nos manter eretos. Somos a hipocrisia rodeada de amigos falsos. Afinal, somos verdadeiros: de alma, de espírito ou mentirosos? Só sei que a baga do meu olho é branca que nem a tua. Brindemos a vida, pois ela é a única que temos. Brindemos os amores, pois seremos solidão sem eles. Brindemos a ironia, pois sem ela seríamos almas sem sorrisos. E pra finalizar: "me vê um cigarro aí?" O pulmão não agradece.
segunda-feira, 16 de junho de 2014
Nega minha
Um beijinho no joelho pra sarar, ô nega dos joelhos ralados pela vida, que trombou com os meninos errados... Que conseguiu quase tudo que queria, menos um homem pra chamar de teu porque menino, tô sendo sincero, não tem a tamanha capacidade de fazer tal ato. Deixa-me eu ser teu homem Porque da vida que tu tem, eu quero é estar dentro dela. Do teu lado, né nega.
No meio dessa gente que não sabe pra onde ir, me pergunto se seria demais me oferecer como lar pra tu ficares.Prometo te dar carinho até quando tu não querer. Prometo curar outros machucados que virão. E também prometo nunca deixá-la de amar. Não desconfie, sou leal. Sou leão. Não precisa me olhar com estes teus olhos tortos que eu sei que o meu lar é benção, é lugar abençoado por Deus. Tens que tu conhecer. E por favor, não vá embora. Fique mais um pouco, ninguém sabe fazer o que tu me faz. Teus passos mostrarão o caminho, e eu seguirei. Sigo do teu lado. Tu é nega aventureira, não sabe o que quer, têm muitos sonhos pra realizar e muita coisa dentro do peito pra abrir. Mas tu é bonita. Resumindo tudo o que eu quero é tu. Te quero. Te quero molhada, com o cabelo despenteada, com cara de sono, com sorriso malicioso, com olhar sincero. Te quero sorrindo, brava, nervosa, emburrada, feliz, chateada, triste. Te quero linda, te quero feia, te quero desarrumada, te quero perfumada. Te quero na sala, no quarto, na rua, tanto faz. Te quero aqui, te quero acolá. Te quero para transformar eu e tu em nós. Quero tu em todos os lugares. Em todos. Tu és paz e eu sou desordem. Tu e eu.
quinta-feira, 12 de junho de 2014
Dia dos namorados
Ele diz que era coração de pedra, mas faz o olhar mais doce do mundo quando me vê. Ele disse que não era de procurar, mas me liga e me manda mensagem todo dia pra saber se eu tô feliz. Ele disse que não era cuidadoso, mas aparece na minha casa de madruga pra fazer chá e curar minha dor de garganta. Ele disse que não era sensível, mas chora de saudade. Ele disse que não acreditava em sintonia, mas um completa a frase do outro e se entende no olhar. Ele disse que não sabia namorar, mas há seis meses me faz uma mulher feliz e amada. Meu xodó, se tu sabes namorar ou não, isso não é nenhum problema. Uma coisa eu tenho certeza: tu sabes amar. E eu me sinto amada todos os dias.
Happy Valentine's Day.
sexta-feira, 6 de junho de 2014
Loucura chamada amor
Queria escrever sobre a liberdade, os cabelos loiros da menina ao vento num carro em movimento, mas como se eu estou preso por inteiro? Queria escrever sobre os lábios vermelhos e carnudos da menina dos mesmos cabelos loiros esvoaçantes que me fazem ficar bobo. Arrancar um beijo dali e deixa-lá sem graça. Mas não posso. Ou posso escrever algo que já sonhei inúmeras vezes?
Chamo-a de menina, pois não sei teu nome, chamo-a assim porque queria ela nos meus braços, eu conduzindo-a para a terra da perdição. Chamo-a de menina porque ela ficou no tempo, e eu ainda morro de amores por ela. Mas poderia chamá-la de tortura para os meus neurônios cansados ou até mesmo de colírio para os meus olhos pretos, sem vida.
Como sou garoto ingenuo, deixando-se levar por uma menina sem nome, mas com olhos do mar? Se nem o mar conheço... Se nem o azul sei ao certo... Se ela não está aqui. Deixo a rotina de lado para viver a aventura dela, corro para pegá-la, mas ela escapa. O ódio subindo para a cabeça, deixando-me vermelho de raiva. Porque não posso tê-la? Se ao menos eu soubesse algo sobre ela, o endereço, teu telefone... Qualquer coisa que pudesse achá-la, mas não.
Aí percebo que ela é da minha imaginação, fértil, que a cor dos lábios fui eu que escolhi, que prefiro loira à morena, que gosto das bochechas dela porque eu que a quis assim. Isso pode? Inventar uma loucura chamada amor que nem ao menos posso tocá-la com os meus dedos grossos? É permitido, Deus?
Esse jogo que a minha mente faz, essa ideia absurda de se apaixonar por alguém que não existe... Eu estou é ficando louco. Fui obrigado a sentar, daí vejo alguém me copiando, ela se senta do meu lado e eu olhei-a... Mas a boca não estava vermelha e sim sem batom. A boca rachada pedindo um beijo. A confusão era radical, pois eu estava sozinho, mas meus olhos queriam ver ela. Ela tocou no meu braço, como eu poderia sentir tal sensação? Porém eu senti. E pela força que eu não tinha, beijei o ar. Beijei ela. E perguntei pelo seu nome, e a resposta que recebi fora: "Podes me chamar de menina".
Assinar:
Comentários (Atom)


.jpg)




