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sábado, 5 de julho de 2014

Tu eras

Eu queria dizer as coisas que tu me fez bem, as coisas que tu meteu com gosto e com doçura, as coisas que tu me fez ficar com água na boca. Eu queria dizer o quanto tu és experiente, um cara maduro, forte e bem instruído para vida. Dizer que tu foi um dos melhores...
Mas como? Se as palavras saírem da minha boca, estarei mentindo. A tua falta de competência faz com que eu vá a procura de outros caras mais maduros, mais bonitos e menos tu. Faz com que eu prefira beijar outras bocas, outros pescoços. Se a gente pudesse ter feito tudo diferente, eu fingido que gostava e tu fingido que sabia fazer direito. E se a gente não fosse tão verdadeiros, poderíamos ter sido o casal dos sonhos. Dos outros. E "se" não é mais hipótese.
E se tu tivesse colocado o dedo na minha boca... E se eu tivesse delirado... E se eu tivesse brincado mais contigo... E "se" já foi e não volta mais.

Tu eras um cara legal, a gente sabia conversar porque tínhamos assuntos em comum, já que eu ia pra festa e tu escutava música, já que tu jogava bola e eu gostava de jogadores, já que eu era vidrada em séries e tu assistia televisão. Mas depois de um tempo, a gente só conversava coisas óbvias como se o café já estava pronto ou não, o quanto incomodava nenhum querer lavar a louça ou "hoje não, porque eu tô cansada(o)". Mas esse é o problema dos erros: as vezes eles beijam bem, são cheirosos e tem pegada. Mas é necessário respirar fundo e ir mais além, pensar que cheiro bom não traz felicidade. Apenas alegria momentânea.



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