Isso acontece porque quando tu estas na cidade grande tu és simplesmente um ser, um ponto, uma mancha, ninguém sabe quem tu és... E querendo ou não, vale perguntar... Tu sabes quem tu és? Paro e penso. Ando e paro. Abro a boca e não sai palavra. Fecho-a e não sei mais de nada. Com dezoito anos, tu és pequena. Pequena que pode virar gigante. Uma mancha que pode virar pintura! Se nem tu descobriu-se ainda, quem dirá os outros. Ah, essa vontade que a gente quer que tudo aconteça o mais depressa possível para gente aproveitar o máximo, mas isso leva tempo... Leva tempo criar laços, ainda mais quando a fita tem milhares de metros e nossos braços são tão curtos. Mas não fique desapontada, não tire o sorriso da cara. Aumente-o e faça-o valer a pena.
Não será amanhã que tu descobrirá quem tu és, demorará, quem sabe até, tu nunca saberá... Mas isso a gente vê né. É só ter ambição, ambição de ser além do que tu és neste momento e ter os olhos arregalados para quando surge qualquer oportunidade e se vier ruim, transforme-a em boa. A cidade pode ter mudado, as pessoas, a cama, mas tu não! Tu sabes disso.
E se não encontrar aquela conversa gostosa, aquele "quero mais", dê bom dia para a próxima pessoa que passar na tua frente. Destino é uma coisa curiosa. Até mesmo na cidade dos antipáticos.

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