Pesquisar este blog

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Ações


E foi no meu aconchego que tu chamavas de chego que tu chegastes. Sem nada no corpo, só de calcinha florida e uns sorrisos no rosto. Tu chegou um pouco descabelada, com o dedo na boca querendo algo a mais que um beijo. Tu chegou sem delongas, e nem demora. Eu estava na cama, tu chegou de surpresa sem avisar ou mandar bilhete. E foi na fumaça que tu grudastes em mim. O cabelo teu no meu rosto, e eu sem entender. Mas peguei na tua cintura e fiz tu deitar na cama, no colchão que queria tu lá. Ah, esqueci dos bons costumes, do que a mãe ensinou e fui. Simplesmente fui. A barba no teu rosto pêssego e tua língua girando na minha. Enroscou, o fogo subiu e a única peça do teu corpo eu tirei, arranquei. A florzinha ficou no chão.

Poderia falar tudo que tu quisesse ouvir, mas ações faço melhor. Abri tuas pernas, e numa cuspida entrei. Teu fôlego sumiu e voltou, a boca aberta pedindo pra eu ir e vir, ir ao teu rosto e depois vir a tua barriga. O vai e vem era tão bom, que tu sussurrastes algo no meu ouvido que eu não me lembro até hoje... Só entendi que com mais força tu iria ao além, e voltavas pra me dar um beijo. E foi o que eu fiz. E tu me deu um beijo sem muito o que pensar, o olho azul virou cinza e com a boca seca virou pro lado.

A florzinha não estava mais no chão, Pedi pra tu voltar pra junto de mim, mas tu fostes embora como chegastes: de surpresa. E o meu aconchego que ainda era chego, fostes. Só de calcinha, tu abriu a porta e com mais do que alguns sorrisos no rosto, fechastes. Pedi pra voltar, mas tu só sussurrou o que eu não lembro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário