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sexta-feira, 28 de novembro de 2014
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
E se não
Ouvindo uma música internacional sem saber sobre o que a letra se trata, apenas sentindo a emoção do cantor. Com um litro de água do lado e depois de alguns cigarros já tragados pelo pulmão. Assim, estou neste momento, sem saber muito o que fazer, mas querendo fazer muita coisa. Agarrar todas as oportunidades que vierem, mas não querendo terminar nenhuma ou querendo desistir quando algo fica difícil. Estou num dilema comigo mesma de final de novembro. Sem ver a minha família por um longo período e tendo que lidar com os meus sentimentos, mas não da maneira boa. Porque quando se está sozinha, tu pensas no pior e não no melhor. O pior digo qualquer coisa negativa, tudo que não vem para somar, e sim para diminuir. Porque os problemas ficam milhões de vezes maiores e tu não sabes o que fazer, acha que a melhor opção é sentar e chorar. E quando acabarem as lágrimas, tenta chorar mais um pouquinho.
Esse final de novembro vem para pensar. Pensamento que não quero que entre na minha cabeça, que preferia não ter. E é sobre tudo até o namorado que eu queria que viesse junto com a mudança e até o peso que queria que sumisse junto com a ansiedade de morar sozinha. E nada rolou, o peso ficou e o namorado não tive. Cometi os mesmos erros que cometia lá na minha cidade e agora sozinha (numa casa que preciso ter como meta para vida a responsabilidade) tudo fica de um tamanho gigantesco. Queria que tudo fosse diferente, mas não mudei. Continuei igual, parece que a ficha não caiu e só caí quando fico (realmente) sozinha. E isso é tão monótono!
E já falei tantos "quero" de diversos tempo, mas é o que eu estou sentindo. Quero tudo, mas ao mesmo tempo não quero nada. As vezes, dá vontade de ter tudo de mão beijada, de achar o carinha naquela fila quilométrica do caixa rápido sendo que não precisava ser tão rápida só pra poder conversar mais. Mas parece que eu sirvo somente para o primeiro encontro... E sempre chega ao mesmo assunto, se eu não tivesse me mudado continuaria com o "amor da minha vida" lá. E SE NÃO? Pensar nisso, nunca! Porque pior que está não fica.
Mas já pensei também que isto pode ser coisa somente da minha cabeça. E SE NÃO? E daí eu fumo mais um cigarro pra controlar a respiração. Para que o pensamento voe. Para bem longe.
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Amor de louco
E eu andei querendo te ver mais vezes, querendo te abraçar todas as vezes que eu te veria. Andei sem muita pressa, só pra poder virar o pescoço para te olhar até tu sumir do meu campo de visão. Amei querendo te amar mais, até o coração dizer chega. Amei com as mãos e a boca, quis te morder todinha, mas tu não deixastes.
Andei sem vontade de voltar pra casa porque sabia que lá tu não estarias. Andei sem muito gingado, um pouco acanhado, sem querer muita conversa com quem passasse. Pois sabia, que se eu andasse muito rápido logo te perderia.
E com relutância cheguei em casa, demorei para pegar as chaves e quando peguei-as estava o chaveiro que tu tinhas me dado, a gente pensa em tanta coisa e nunca quando como nos sentiríamos se terminássemos um namoro, é que a gente pensa que nunca vai acontecer com a gente. Mas comigo aconteceu, ela terminou mesmo sabendo que eu amava ela. Dizia que não era eu, que era ela que estava com problemas. Precisava ficar sozinha, que precisava passear sozinha com o cachorro. Até o cachorro ela me levou. E eu deixei ela no caminho do trabalho sabendo que seria a última vez que eu veria ela. A não ser se eu seguisse ela. Mas amo, não louco. Liguei o rádio, coloquei na música que ela sempre escutava no Ipod, peguei uma foto nossa, coloquei-a perto do peito. E deitei no sofá, sem pensar em nada, pensando nela. Caí no sono, caí ainda apaixonado. Mas amo, sou louco.
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Desejar
Queria te falar as coisas mais bobas, bobocas e insignificantes. Queria te contar do meu dia, mesmo se fosse os sonhos que sonhei naquela tarde, mas com entusiasmo de virar o olho e tu somente prestando atenção no jornal. Queria tudo e tudo entra na categoria de ti. Queria, é passado. Quero o que não tenho e não tive, quero de desejar... De eros de Platão.
Queria andar de mãos dadas por aí, quase sem vontade de colocar um pé após o outro para poder caminhar. E no meio do percurso, lógico, tu me desse um beijo sem muito querer.
Querer é presente, e querer não significa que tenho. Logo desejo, logo amo. Mas sinto que se tivesses tu, não amaria tu. Porque querer não é ter e assim, não tenho tu. E amar é não ter, é simplesmente querer. E vivo sem muito rumo, porque minhas decisões precisam de ti. Minhas decisões digo do amor porque ir ao cinema sozinho é tão ruim quanto ir sem pipoca.
Mas poderia amar do jeito de Aristóteles, que é amar o que já se tem, desejar enquanto se tem. A falta que fez presença. É Filia que é alegria porém aí teria que ter tu do meu lado, mas o que fazer quando tu não estás?
E querendo sempre, ficar com os dois já que um completa o outro.
Queria andar de mãos dadas por aí, quase sem vontade de colocar um pé após o outro para poder caminhar. E no meio do percurso, lógico, tu me desse um beijo sem muito querer.
Querer é presente, e querer não significa que tenho. Logo desejo, logo amo. Mas sinto que se tivesses tu, não amaria tu. Porque querer não é ter e assim, não tenho tu. E amar é não ter, é simplesmente querer. E vivo sem muito rumo, porque minhas decisões precisam de ti. Minhas decisões digo do amor porque ir ao cinema sozinho é tão ruim quanto ir sem pipoca.
Mas poderia amar do jeito de Aristóteles, que é amar o que já se tem, desejar enquanto se tem. A falta que fez presença. É Filia que é alegria porém aí teria que ter tu do meu lado, mas o que fazer quando tu não estás?
E querendo sempre, ficar com os dois já que um completa o outro.
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Sentimentos
Como eu era feliz daquele jeito, do meu jeito e não sabia. Como me alegrava com coisinhas pequenas e me fazia tão bem... Então tu chegou e me disse que eu não poderia ser mais assim, daquele jeito que era meu jeito. E a partir daí, me fechei. Uma nuvem escura que custa a passar ficou em cima da minha cabeça e só me trazia infelicidade, que é a mesma coisa que tristeza. Tu disse que era a mesma coisa.
De vez em quando eu me lembrava das coisas simples como tomar um café que tu mesma faz, como se olhar no espelho e algo dentro de ti se iluminar. Lembrava-me de como era tentar amar a si mesma, mas tu chegou né. Desanimou. E agora eu tento amar te, mas é tão complicado, tão cansativo, tão contra a maré que prefiro sentar e ficar. Perdi a vontade de sorrir. Porque chegastes?
POR QUÊ? POR QUÊ?
Digo de chegar não um homem que chega como uma rasante, um foguete sem controle, sem pedir permissão. Mas digo de chegar um sentimento, um tormento, um ser inanimado que não pode ser chamado de ser. Algo que criei e chegou de repente. Algo que saiu do meu peito que eu não queria. Algo que poderia ser uma mentira que seria melhor. As pequenas coisinhas viraram grandes coisas que não me deixam alegres. Sem querer, de jeito nenhum.
Eu queria expulsar-te, mas é tão difícil... expulsar sentimentos. Sentimentos ficam e se tornam rocha, algo que não desmancha, só com o tempo. Mas como demora... Entendo que preciso conviver com eles, porém quem quer conviver com coisa ruim? Que só faz mágoa.
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
De prazer quero mais
Das borboletas do teu estômago, quero todas... Quero que tu me espere com ansiedade e quando eu chegar, respire. Quero que tu fique inquieta quando eu não estiver. E exploda de amor - corra e se enrosque no meu corpo, beija até secar os lábios meu pescoço - quando ouvir a porta abrindo-se. A garota que antes estava na festa acendendo seu cigarro com a mão esquerda, agora usa a mesma para me dar prazer.
Usa a mesma para quase me levar a loucura. Quase porque preciso de mais.
Encontrei-te num beco sem saída que me deu uma saída para o amor. Tu estava tão radiante que a luz do poste era fichinha comparada a ti. Tu soltou umas palavras e eu nem ouvi. Sabia que tu ia se apaixonar por mim, sabia no momento que tu subiu um pouquinho mais a saia para mostrar as pernas. E havia um roxo no joelho. Aproximei-me.
"O que aconteceu aí?" toquei nele e automaticamente tu se afastou.
"Nada não, deixa"
Mesmo assim, sentei do seu lado.
"Calma que passa" disse eu com um sorriso.
"Tudo passa"
E do clichê, tu virastes minha casa. E eu, teu bairro.
Usa a mesma para quase me levar a loucura. Quase porque preciso de mais.
Encontrei-te num beco sem saída que me deu uma saída para o amor. Tu estava tão radiante que a luz do poste era fichinha comparada a ti. Tu soltou umas palavras e eu nem ouvi. Sabia que tu ia se apaixonar por mim, sabia no momento que tu subiu um pouquinho mais a saia para mostrar as pernas. E havia um roxo no joelho. Aproximei-me.
"O que aconteceu aí?" toquei nele e automaticamente tu se afastou.
"Nada não, deixa"
Mesmo assim, sentei do seu lado.
"Calma que passa" disse eu com um sorriso.
"Tudo passa"
E do clichê, tu virastes minha casa. E eu, teu bairro.
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Ações
E foi no meu aconchego que tu chamavas de chego que tu chegastes. Sem nada no corpo, só de calcinha florida e uns sorrisos no rosto. Tu chegou um pouco descabelada, com o dedo na boca querendo algo a mais que um beijo. Tu chegou sem delongas, e nem demora. Eu estava na cama, tu chegou de surpresa sem avisar ou mandar bilhete. E foi na fumaça que tu grudastes em mim. O cabelo teu no meu rosto, e eu sem entender. Mas peguei na tua cintura e fiz tu deitar na cama, no colchão que queria tu lá. Ah, esqueci dos bons costumes, do que a mãe ensinou e fui. Simplesmente fui. A barba no teu rosto pêssego e tua língua girando na minha. Enroscou, o fogo subiu e a única peça do teu corpo eu tirei, arranquei. A florzinha ficou no chão.
Poderia falar tudo que tu quisesse ouvir, mas ações faço melhor. Abri tuas pernas, e numa cuspida entrei. Teu fôlego sumiu e voltou, a boca aberta pedindo pra eu ir e vir, ir ao teu rosto e depois vir a tua barriga. O vai e vem era tão bom, que tu sussurrastes algo no meu ouvido que eu não me lembro até hoje... Só entendi que com mais força tu iria ao além, e voltavas pra me dar um beijo. E foi o que eu fiz. E tu me deu um beijo sem muito o que pensar, o olho azul virou cinza e com a boca seca virou pro lado.
A florzinha não estava mais no chão, Pedi pra tu voltar pra junto de mim, mas tu fostes embora como chegastes: de surpresa. E o meu aconchego que ainda era chego, fostes. Só de calcinha, tu abriu a porta e com mais do que alguns sorrisos no rosto, fechastes. Pedi pra voltar, mas tu só sussurrou o que eu não lembro.
domingo, 21 de setembro de 2014
domingo, 14 de setembro de 2014
Beijo de sinaleira
Relembra comigo aquele dia em que te peguei num beijo forte, melado, trocador de rédeas antes de a sinaleira abrir. Beijo que fica, sinaleira que abre, tesão que vem, tempo que vai. Não existe prenúncio de sexo melhor que esse, você toda molhadinha no carro, na expectativa de chegarmos em casa e eu acabar contigo. Entre etapas a gente diluía o nosso tesão. Uma sinaleira aqui, uma garagem ali, um elevador acolá…
Dentro do carro eu te fazia sorrir só com as mãos, imaginando suas pernas trançadas na minha cintura, cabelo no rosto, te colocando contra a parede… Tudo fazia parte da cerimônia. Um beijo brincado, devagar, movimentos conscientes, mão atrás da nuca, barba roçando no seu rosto…
Hoje quero sexo com saliva. Daqueles sem nojo, sem dó. Que pede dizeres descarados bem pertinho do ouvido. Seu ponto fraco sempre foi o ouvido, já eu, sempre fui bom com a boca. Beijos acompanhados de mais beijos, acompanhados de outros beijos que assim formam um caminho do seu pescoço até a boca. Caminho necessário para eu me perguntar: para que beijar só a boca se eu tenho o corpo todinho?
Depois de curtir o que só uma aventura pode te proporcionar, espero seu sorriso ofegante com aquela carinha de quem viveu algo que não vivia faz tempo, me dizendo: de novo. Entusiasmado, brinco com o talvez, deixando claro que a minha intenção é puramente te dar um beijo em que eu consiga não deixar seus pensamentos voarem para outro lugar. Um voo necessário para levar esse talvez para longe e trazer a certeza que qualquer beijo gostoso pede. E, tenha certeza, isso não muda o nosso universo paralelo, só enaltece o nosso tesão mutuo.
Te quero cravejada de tesão na minha cama. No meu chão. No meu colo. Hoje eu te obrigo a sentir prazer. A rebolar e olhar-me como a safada que poucos conhecem. Vem cá. Deixa eu te comer todinha. Desce em mim. De boca. Me olhando. E saiba que, com certeza, não sou inesquecível, só cumpro o que o meu beijo te prometeu naquela sinaleira.
Texto de Frederico Elboni
sábado, 6 de setembro de 2014
Intrusa
A verdade é que, tanto lá quanto cá, estou me sentindo sem amparo, sem ninguém perguntando se eu estou bem E aqui, preciso perguntar para mim mesma. A diferença que lá mora minha mãe e não é feio pedir socorro para mãe. Aqui, nem isso eu tenho. Se chorou, ninguém ouve. Só tu, e isso incomoda... Incomoda tanto que tu fica até louca. Quer gritar. Aqui ninguém liga muito para ninguém. Se já tem um amigo, pra quê dois? Como é chato ser carente... Mas isso eu não digo pra ninguém, mesmo me sentindo uma bosta, sou forte pra quem perguntar. Deixa-me desabar quando chegar em casa, aí só a parede vira minha amiga. Eu encosto nela e recebo um abraço, gelado, mas faz cair na realidade.
Ninguém sabe o que é se sentir sozinha, só sabe quando vem esse sentimento à tona. Que coisa ruim, parece que o peito nunca se preenche. E ainda coloco a culpa na porcaria do amor, que nem para fazer o meu destino coincidir com o de algum ser. Ou sim? E eu não dei bola? Resumindo, tô querendo carinho, de quem quiser me dar...
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Flutuar
Aquelas manhãs desastrosas que tu sabes que se levantares da cama, tu vais te decepcionar. Não é que a vida é injusta, que o destino não gostou da cor do teu cabelo ou do teu jeito de ser. É que tem dias, manhãs que a tua alma está diferente do mundo... Tem dias, manhãs que tua cabeça está em outro lugar, está na lua. E as lágrimas prontas a sair dos teus olhos. Mas não são teus olhos que são feios, aconteceu. Daí tu se pegas sentada no chão do banheiro chorando, borrando o rímel que tu tanto custou a passar. E reza pra tudo quanto é santo para ninguém bater na porta porque a voz que era viva, alegre, naquela manhã acordou sem vontade.
E tu pensas em tudo, em todo mundo que deves te odiar, que tu estás no lugar errado... Que não precisaria passar por essa situação, né? Mas isso acontece! Até lá na tua cidade natal acontecia. Podia não ter acontecido numa manhã, talvez numa tarde desastrosa... Que depois do almoço tu se sentiu mal e correu pro quarto pra ninguém ver tu chorares. Já diziam os sábios, os espertos: "Estás lavando a alma, garotinha". E tento pensar nisso. E quando tu se levantou daquele chão frio, tu demonstrou que tu ainda és forte! Limpastes o rímel que borrou, desse um sorriso meio sem graça e fostes, um pé depois o outro e assim por diante.
É... A vida é assim, chora, dá risada, pensa que está tudo dando errado, depois está tudo dando certo que tu até desconfia, tu tropeça, levanta. Resultado: tu estás crescendo garotinha, deixa os outros pra lá. Não queres ser uma garotinha para sempre né? Que tal ser uma GAROTA daqui pra frente? Lembre-se! Garotas também choram, mas se levantam porque a vida não espera não. Ela voa!
E tu pensas em tudo, em todo mundo que deves te odiar, que tu estás no lugar errado... Que não precisaria passar por essa situação, né? Mas isso acontece! Até lá na tua cidade natal acontecia. Podia não ter acontecido numa manhã, talvez numa tarde desastrosa... Que depois do almoço tu se sentiu mal e correu pro quarto pra ninguém ver tu chorares. Já diziam os sábios, os espertos: "Estás lavando a alma, garotinha". E tento pensar nisso. E quando tu se levantou daquele chão frio, tu demonstrou que tu ainda és forte! Limpastes o rímel que borrou, desse um sorriso meio sem graça e fostes, um pé depois o outro e assim por diante.
É... A vida é assim, chora, dá risada, pensa que está tudo dando errado, depois está tudo dando certo que tu até desconfia, tu tropeça, levanta. Resultado: tu estás crescendo garotinha, deixa os outros pra lá. Não queres ser uma garotinha para sempre né? Que tal ser uma GAROTA daqui pra frente? Lembre-se! Garotas também choram, mas se levantam porque a vida não espera não. Ela voa!
domingo, 17 de agosto de 2014
Não se esqueça
“O problema é que as pessoas dizem “eu te amo” mas esquecem daquele bilhetinho de “bom dia”, daquela mensagem de “boa noite, estou com saudade”, esquecem de perguntar se você está bem, assim sabe, só por perguntar mesmo. Esquecem do abraço sem pretexto, do presente fora de época, esquecem de dar atenção nos detalhes e isso, faz com que esse “eu te amo” perca o valor. Por que o amor não se alimenta de palavras, se alimenta de atitudes.”
(Pedro Bial)
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Vira-lata
Gata manhosa, assim tu maltratas, com esta tua cara de safada que atiça os vira-latas. Oh, guria que lá de cima da rua já sinto teu cheiro e abano o rabo. Fico louco, penso loucura que quero fazer contigo. Oh, guria que sabe o que está fazendo, que vem rebolando, passa do lado devagarzinho e lambe os beiços... Pede algo que nem imagina. Mas se prepara, moça do decote que quase salta, que hoje tem! A lua está bonita, não tem trânsito e não tem concorrência. Preparo território, que hoje o teu macho sou eu. Tu está quietinha no teu canto, chego pé ante pé e cheiro teu cangote. Tu levas um susto, mas logo se amolece, sorri safada e eu sei que tu desejas um beijo dessa minha boca de bicho, mas experiente. Então, o bicho te puxa pra perto, vai pra pista do bar sujo e te faz dançar, oh morena... Mas como tu dança! Mas como tu movimenta esse bumbum que dá vontade de apertar, bater, de colocar em cima da mesa... De derrubar tudo que está em cima, de não dar bola pro bando que está presente e fazer ali mesmo, ali embaixo da lâmpada piscando. Oh morena, mas como tu sabe requebrar o quadril... Imagino essa beleza de felina se remexendo em cima de mim, mas é daí mesmo que vou pro céu e fico lá. E te levo junto. Porque além de miar, tu é anja!
Vamos fugir morena, vamos lá pra casa que hoje quero tu sem roupa na cama bagunçada. Hoje quero latir, latir alto até gozar... Daí tens que engolir né safada, gata não toma leite?!
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Quem tu és?
Isso acontece porque quando tu estas na cidade grande tu és simplesmente um ser, um ponto, uma mancha, ninguém sabe quem tu és... E querendo ou não, vale perguntar... Tu sabes quem tu és? Paro e penso. Ando e paro. Abro a boca e não sai palavra. Fecho-a e não sei mais de nada. Com dezoito anos, tu és pequena. Pequena que pode virar gigante. Uma mancha que pode virar pintura! Se nem tu descobriu-se ainda, quem dirá os outros. Ah, essa vontade que a gente quer que tudo aconteça o mais depressa possível para gente aproveitar o máximo, mas isso leva tempo... Leva tempo criar laços, ainda mais quando a fita tem milhares de metros e nossos braços são tão curtos. Mas não fique desapontada, não tire o sorriso da cara. Aumente-o e faça-o valer a pena.
Não será amanhã que tu descobrirá quem tu és, demorará, quem sabe até, tu nunca saberá... Mas isso a gente vê né. É só ter ambição, ambição de ser além do que tu és neste momento e ter os olhos arregalados para quando surge qualquer oportunidade e se vier ruim, transforme-a em boa. A cidade pode ter mudado, as pessoas, a cama, mas tu não! Tu sabes disso.
E se não encontrar aquela conversa gostosa, aquele "quero mais", dê bom dia para a próxima pessoa que passar na tua frente. Destino é uma coisa curiosa. Até mesmo na cidade dos antipáticos.
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Quilômetros
Disse pra ti mil vezes para não se preocupar, que eu iria e voltaria, que eu continuaria a te amar até mesmo longe. Te dei todas as palavras para tu confiares em mim, mas tu não quisesse. Deixastes o pássaro meu voar e ele perdeu-se do caminho. Eu falei, mas tu não quisestes esperar. E como de costume, o orgulho falou mais alto e aí mesmo que me "perdi" de vez. Esqueci de voltar, pois quando eu te vi, tu já estavas agarrado nos braços de outra. Daquela jeito que tu fazia comigo, abraçava-me como se estivestes segurando o mundo. Mas agora o mundo era ela. E que nem pássaro com a asa ferida, segurei-a e fui devagarzinho pra não doer mais.
Aquela mania de fazer um coque e entrar na banheira contigo. De sentir a água quente esquentando o meu corpo gelado. Aí tu chegava por trás e me dava um beijo no ombro... E eu relaxava, sentia que estava segura. Daí tu mergulha e me molha, sorri e brinca. E eu fico juntinho a ti... gostando de ti. Infelizmente, isso tudo acabou. Acabou por causa de muitos quilômetros! O banho virou no chuveiro, até cada um tomar o seu. Porque quando tu ias tomar na banheira, quando eu estava longe, ela ia. Provavelmente tu dava um beijinho no ombro dela e sorria e brincava... E amava ela mais do que eu. Que coisa triste...Eu não estava aí né, tu sentiu saudade de beijar na boca e escolheu ela porque a cor do olho é a mesma que a minha. Mas deixa pra lá, tomarei banhos com outro também. Alguém que saiba me valorizar.
Aquela mania de fazer um coque e entrar na banheira contigo. De sentir a água quente esquentando o meu corpo gelado. Aí tu chegava por trás e me dava um beijo no ombro... E eu relaxava, sentia que estava segura. Daí tu mergulha e me molha, sorri e brinca. E eu fico juntinho a ti... gostando de ti. Infelizmente, isso tudo acabou. Acabou por causa de muitos quilômetros! O banho virou no chuveiro, até cada um tomar o seu. Porque quando tu ias tomar na banheira, quando eu estava longe, ela ia. Provavelmente tu dava um beijinho no ombro dela e sorria e brincava... E amava ela mais do que eu. Que coisa triste...Eu não estava aí né, tu sentiu saudade de beijar na boca e escolheu ela porque a cor do olho é a mesma que a minha. Mas deixa pra lá, tomarei banhos com outro também. Alguém que saiba me valorizar.
domingo, 6 de julho de 2014
Beijo bom
Tem que deixar chover, tem que deixar lavar, a chuva é uma junção de "não querer" com "precisar". No amanhã a gente só sabe que irá ter Sol, então deixa o hoje ser hoje. Abra um sorriso e beije seu homem. E se não tiver homem, vai de mulher mesmo. Vai de irmão, de irmã, de amor que não foi correspondido. Beija só por beijar. Mas beija! Na bochecha, de surpresa, no pescoço e até na testa. Beija no joelho, na perna, no corpo inteiro. Ah! Beijar é tudo de bom! É liberar endorfina, esquentar o clima e aliviar o stress. É acreditar no amor, mesmo não tendo nenhum pra contar história. É não morrer vivendo.
Às vezes, eu te olho e sinto uma vontade de te ter. Mas quando tento pegar tua mão, ela foge do meu campo de visão. Daí fica nesse vai-e-vem, nessa brincadeirinha que me enche de algo que não faço ideia. Eu não queria admitir que gosto de ti, que tenho um carinho enorme em querer tu sempre do meu lado. Mas então, peço para estes pensamentos saírem da minha cachola, mas por que eu olhei pra frente? O teu cabelo molhado loiro dourado brilhava mais com o encontro do Sol, parecia que surgia um arco-íris na tua cabeça. Fazer o quê, o pensamento teimava a voltar. E escapou:
"Tu sabe que eu gosto de ti né?"
E ele ficou surpreso, mergulhou na água gelada e voltou me assustando.
"Sei. E tu, sabe o que eu sinto?" ele respondeu.
"Não."
E o garoto voltou a mergulhar, aquele silêncio que só se podia ouvir a onda batendo na areia e voltando me incomodou. Incomodou-me até demais.
"Gosto bastante de ti" ele finalmente me disse.
E sei lá, acho que o céu ficou mais azul, o mar mais azul e meus olhos mais azuis. Porque pude sentir que o meu coração ficou aliviado, parou de bater e voltou na mesma intensidade. Eu estava mais leve e meu sorriso insistia em ficar no rosto movimentando possíveis até 53 músculos. E naquele instante, eu queria ter todos os benefícios que trazia o beijo. Queria sentir os lábios salgados do garoto loiro que já conhecia fazia um bucadinho de tempo e só soube pela boca dele que ele gostava na mesma energia que eu. Mas esperei qual próximo passo ele daria.
E com surpresa, ele se aproximou de mim. Meu cabelo longo flutuava na água. Eu - sem experiência - fechei os olhos e fiz biquinho. Senti ele chegando cada vez mais perto de mim, podia ouvir sua respiração. E e eu, perdida nos meus pensamentos, angústias e poucos medos que se me dessem vinte segundos tornavam-se coragem, ele encostou o lábio no meu e sem agradecer a ninguém... Nos beijamos.
Eu senti tudo, tudo tudo e tudinho. Depois de horas de pesquisas, de ensinamentos e conselhos de como beijar na boca (bem), eu esqueci de tudo. E fui pelo momento, fui pela minha intuição, fui pelo coração... Devia ter sido automático porque eu não consegui pensar em nada. Nem vi meu braço se enroscando no corpo suado do garoto. Nem vi se o Sol sorria pra nós e desejava o melhor. Nem vi nada, mas senti tudo. E tudo digo tudo. Ele me soltou e num passe de mágica, num olhar brilhando... Pude ver amor dentro dele.
sábado, 5 de julho de 2014
Tu eras
Eu queria dizer as coisas que tu me fez bem, as coisas que tu meteu com gosto e com doçura, as coisas que tu me fez ficar com água na boca. Eu queria dizer o quanto tu és experiente, um cara maduro, forte e bem instruído para vida. Dizer que tu foi um dos melhores...
Mas como? Se as palavras saírem da minha boca, estarei mentindo. A tua falta de competência faz com que eu vá a procura de outros caras mais maduros, mais bonitos e menos tu. Faz com que eu prefira beijar outras bocas, outros pescoços. Se a gente pudesse ter feito tudo diferente, eu fingido que gostava e tu fingido que sabia fazer direito. E se a gente não fosse tão verdadeiros, poderíamos ter sido o casal dos sonhos. Dos outros. E "se" não é mais hipótese.
E se tu tivesse colocado o dedo na minha boca... E se eu tivesse delirado... E se eu tivesse brincado mais contigo... E "se" já foi e não volta mais.
Tu eras um cara legal, a gente sabia conversar porque tínhamos assuntos em comum, já que eu ia pra festa e tu escutava música, já que tu jogava bola e eu gostava de jogadores, já que eu era vidrada em séries e tu assistia televisão. Mas depois de um tempo, a gente só conversava coisas óbvias como se o café já estava pronto ou não, o quanto incomodava nenhum querer lavar a louça ou "hoje não, porque eu tô cansada(o)". Mas esse é o problema dos erros: as vezes eles beijam bem, são cheirosos e tem pegada. Mas é necessário respirar fundo e ir mais além, pensar que cheiro bom não traz felicidade. Apenas alegria momentânea.
Mas como? Se as palavras saírem da minha boca, estarei mentindo. A tua falta de competência faz com que eu vá a procura de outros caras mais maduros, mais bonitos e menos tu. Faz com que eu prefira beijar outras bocas, outros pescoços. Se a gente pudesse ter feito tudo diferente, eu fingido que gostava e tu fingido que sabia fazer direito. E se a gente não fosse tão verdadeiros, poderíamos ter sido o casal dos sonhos. Dos outros. E "se" não é mais hipótese.
E se tu tivesse colocado o dedo na minha boca... E se eu tivesse delirado... E se eu tivesse brincado mais contigo... E "se" já foi e não volta mais.
Tu eras um cara legal, a gente sabia conversar porque tínhamos assuntos em comum, já que eu ia pra festa e tu escutava música, já que tu jogava bola e eu gostava de jogadores, já que eu era vidrada em séries e tu assistia televisão. Mas depois de um tempo, a gente só conversava coisas óbvias como se o café já estava pronto ou não, o quanto incomodava nenhum querer lavar a louça ou "hoje não, porque eu tô cansada(o)". Mas esse é o problema dos erros: as vezes eles beijam bem, são cheirosos e tem pegada. Mas é necessário respirar fundo e ir mais além, pensar que cheiro bom não traz felicidade. Apenas alegria momentânea.
domingo, 29 de junho de 2014
Eu não sei lidar
Queria começar esse texto com a frase "eu não sei lidar". Não sei, eu fujo das coisas, fujo das perguntas que não sei responder. Fujo das pessoas e quando não sei resolver o que está na minha frente, eu simplesmente corro. Corro por medo de me magoar, mas acabo magoando a pessoa que se encontra diante a mim. Correndo vou chorando.
Hoje um homem me perguntou, algo que eu já sabia, mas mentia para mim mesma. Mentia porque não queria enfrentar aquilo. "Tu tem medo de demonstrar que tu gosta ou curti alguma coisa ou alguém?" Eu olhei a mensagem e não respondi, ela está lá para ser respondida, mas meus dedos não conseguem achar uma resposta razoável e se acharem será alguma ironia seguida por uma risada forçada. Seria basicamente eu correndo e depois chorando. Sozinha. Comigo e eu.
Quando fui procurar uma foto na minha pasta de imagens no computador, para o texto, eu não achei. Daí conclui, uma fraca conclusão, que prefiro fingir - aí está novamente o tal do verbo maldito- estar rodeada de pessoas e escrever mentiras alegres. Porquê uma pessoa salvaria uma foto de alguém sozinho sofrendo? E logo vem a segunda pergunta, porquê alguém bateria uma foto assim? Ninguém quer estar sozinho.
Infelizmente, todo esse questionamento é sobre o amor. E culparei ele porque seria estranho eu mesma própria me culpar. Jogarei a culpa em outro coisa e sobrou para o coitado do verbo "amar" que separado fica " a-mar", ao-mar... Jogarei a culpa também no mesmo garoto que me perguntou sob demonstrações e sob a festa que nos encontramos. Jogarei a culpa também no futuro. Isso quer dizer, deveríamos ter nos encontrado no verão, em março, em abril... Não no final de junho. Tu sabias que eu iria embora no final de julho. Um mês é pouco para viver um bom amor!
Não queria me estender, até porque não estou mais conseguindo ver as teclas do teclado devido às lágrimas que estão saindo dos meus olhos. Que ciclo vicioso: fugir, correr, chorar e se lamentar. A mente quer fazer uma coisa, mas o coração manda outra. Queria ter mais essa impulsividade que o signo de Áries tanto tem. Mas Capricórnio não me deixa ultrapassar a barreira. O homem dormirá sem saber a minha resposta. E tudo que eu queria dizer era que tenho medo sim, medo das pessoas entenderem errado.
domingo, 22 de junho de 2014
Intenções
“Está aonde?”
“Na estação, mas não tem mais metrô”
“Ok, estamos passando aí. Espera. ”
Nós três no carro e a decisão de ficar sozinha contigo nem foi me
apresentada. Simplesmente fiquei a cargo de levar o garotão para casa. Papo
vai, papo vem e teus olhos cruzaram com os meus. Foi como se uma chama estivesse se apagando e ao cruzar nossos olhos ela se reascendesse. E daí pra frente são
apenas flashes na minha mente. Que ainda espera por mais de ti – relatarei antes
que me arrependa.
Sou capaz de sentir o peso da tua mão sobre a minha coxa. Que mão forte,
pesada... Mas eu não ligava nem um pouco. Em seguida, escutava tua respiração
ofegante enquanto se empenhava em sugar meu pescoço com a mesma vontade de um
lobo ao sugar, até a última gota, a vida de sua presa. Como era bom o teu
cheiro: cheiro de homem, de decisão, de quem sabe – bem – o que quer. E como
esquecer o tom da tua voz? Impositiva, bem colocada, autoritária, sentindo-se o
dono da situação.
“Para ali! ”
Obedeci como presa. Parei, recheada de segundas, terceiras e piores
intenções. As risadas foram frouxas, pois apesar de querermos explicações todas
as nossas perguntas deram espaço para algo mais forte: o desejo que eu tinha de
ti e o seu por mim.
“Gostosa...”
Foi assim, me comendo com os olhos e me chamando de gostosa por vezes a
fio que eu me vi entregue, beijando-te e te segurando firme. Tu falavas
ofegante que queria me comer, ali, daquele jeito. E eu, confesso, teria
deixado, mas não tinha como. Era essa minha visão: tu nu no meu carro, um homem
feito e naquele momento sem defeitos... Só pra mim.
Aproveitei e te mostrei como se trata um cara feito tu, com a boca fiz
tu ir visitar a lua, coloquei-te para contar estrelas e te fiz uivar. Feito
lobo em dia de lua cheia.
Essa fêmea era eu. E eu estava ali. Sua. Mostrando para ti que sou bem
mais do que tu jamais pudesse ter imaginado... E sabe como eu sei que fui tão
bem? Pois foi tu que entregue ao prazer disse que nunca tinha sido chupado como
há poucos instantes. Me lembro ainda de nem lembrar que as horas passavam,
queria mais era estar contigo por uma eternidade, se fosse possível. Você não
alcançou o teu objetivo e mesmo assim foi bom. Afinal, foi frisando que “isso
não terminou por aqui” que tu saíste do carro e me deixou ali, pronta para ir
para casa com o teu sabor ainda nos lábios...
Foi bom saber que sou desejada, mas melhor do que isto é saber o
fascínio que eu provoco em ti, e como te deixei louca sem ao menos tu ter me
mostrado nem de perto a metade do homem que tu dizes ser. Enfim, eu só posso
comentar daquilo que já provei. E tu, como homem, ainda tem muito mais a
exibir.
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Escrevendo mentiras
Era pra gente ser a gente e pronto, sem mais nem menos. Sem erro, sem farelo, sem vírgulas. Atropelando tudo que estivesse ao nosso caminho, na nossa estrada que iriamos caminhar de mãos dadas, até quando as nossas mãos estivessem suadas. Era. Sublinhando em negrito o verbo ser no passado. Era, porque se foi. Poderia estar escrevendo como tu me deixava bem quando estava do meu lado, mas não ligo para isso agora. A melhor parte de mim se foi, se foi e não sei se tem previsão de volta. E agora o que direi? Poderia também dizer todos os teus defeitos fulos, mas pra quê se o ponto final já fora colocado? Então eu faço assim, eu sento e choro. Daí me levanto, espio pela cortina e vejo se o dia está bonito, se estiver chovendo eu faço o que estava fazendo: sento e choro. Repito e se estiver bonito, eu levanto, calço os sapatos e caminho pela rua, quem sabe comer um cachorro quente e lembrar de como tu sempre deixava um pouco de ketchup no canto da boca. E eu limpava com um beijo.
Ôh beijo que era bom, que me arrepiava. Ôh beijo que me lambuzava toda, que eu te chamava segurando tua camiseta para mim, pedindo mais. Não era o suficiente. Ôh beijo que me levava nas alturas e depois voltava pra terra. Beijo teu quero todo dia, toda noite, toda madrugada, a cada dois minutos.
quarta-feira, 18 de junho de 2014
Sorrir = melhor remédio
E tudo que a gente quer é ser feliz. É jogar dando o seu melhor, mostrar que sorrir é o melhor remédio contra os infelizes. E mentir que não se importa com nada. Porque eu lembro um dia desses que tu me disse que não ligava a mínima para o que teu namorado estava fazendo, mas não parava de mexer no celular esperando um "sms" com um eu te amo fajuto e emoticons de corações. Essa vontade louca que a gente tem de querer gritar pra todo mundo que cuidamos da nossa vida... É mentira! Necessitamos de atenção, somos humanos, precisamos estar rodeados de amigos dizendo o que devemos fazer e no final, de tanto palpite, seguir com nossos próprios pés. Precisamos de carinho, um lar para quando der tudo errado nós batermos na porta e pedir: "tem café aí?" e ao invés de nos responder apenas nos abraçariam. "Vai ficar tudo bem".
E tem aquela dúvida, será que o namorado liga pra gente? Minha amiga jura que o dela a ama, morre de amores, e não quer saber de nenhuma outra mulher. Ela está enganada, já vi ele no cangote de outra loura oxigenada. O meu eu não sei, preciso ter um para responder a pergunta. Mas é que a nossa natureza é isso, ter um e no final da equação virar dois. Bom, só os cafajestes, os malandros. Porém é dos malandros que elas gostam mais. Eu gosto. Duvido que a minha amiga não curta um beijo safado de um desses caras ao do namorado lerdo dela.
Acho que somos filósofos, esse é o nosso verdadeiro trabalho. Queremos saber de tudo, queremos ser superiores e não conseguimos nem nos manter eretos. Somos a hipocrisia rodeada de amigos falsos. Afinal, somos verdadeiros: de alma, de espírito ou mentirosos? Só sei que a baga do meu olho é branca que nem a tua. Brindemos a vida, pois ela é a única que temos. Brindemos os amores, pois seremos solidão sem eles. Brindemos a ironia, pois sem ela seríamos almas sem sorrisos. E pra finalizar: "me vê um cigarro aí?" O pulmão não agradece.
segunda-feira, 16 de junho de 2014
Nega minha
Um beijinho no joelho pra sarar, ô nega dos joelhos ralados pela vida, que trombou com os meninos errados... Que conseguiu quase tudo que queria, menos um homem pra chamar de teu porque menino, tô sendo sincero, não tem a tamanha capacidade de fazer tal ato. Deixa-me eu ser teu homem Porque da vida que tu tem, eu quero é estar dentro dela. Do teu lado, né nega.
No meio dessa gente que não sabe pra onde ir, me pergunto se seria demais me oferecer como lar pra tu ficares.Prometo te dar carinho até quando tu não querer. Prometo curar outros machucados que virão. E também prometo nunca deixá-la de amar. Não desconfie, sou leal. Sou leão. Não precisa me olhar com estes teus olhos tortos que eu sei que o meu lar é benção, é lugar abençoado por Deus. Tens que tu conhecer. E por favor, não vá embora. Fique mais um pouco, ninguém sabe fazer o que tu me faz. Teus passos mostrarão o caminho, e eu seguirei. Sigo do teu lado. Tu é nega aventureira, não sabe o que quer, têm muitos sonhos pra realizar e muita coisa dentro do peito pra abrir. Mas tu é bonita. Resumindo tudo o que eu quero é tu. Te quero. Te quero molhada, com o cabelo despenteada, com cara de sono, com sorriso malicioso, com olhar sincero. Te quero sorrindo, brava, nervosa, emburrada, feliz, chateada, triste. Te quero linda, te quero feia, te quero desarrumada, te quero perfumada. Te quero na sala, no quarto, na rua, tanto faz. Te quero aqui, te quero acolá. Te quero para transformar eu e tu em nós. Quero tu em todos os lugares. Em todos. Tu és paz e eu sou desordem. Tu e eu.
quinta-feira, 12 de junho de 2014
Dia dos namorados
Ele diz que era coração de pedra, mas faz o olhar mais doce do mundo quando me vê. Ele disse que não era de procurar, mas me liga e me manda mensagem todo dia pra saber se eu tô feliz. Ele disse que não era cuidadoso, mas aparece na minha casa de madruga pra fazer chá e curar minha dor de garganta. Ele disse que não era sensível, mas chora de saudade. Ele disse que não acreditava em sintonia, mas um completa a frase do outro e se entende no olhar. Ele disse que não sabia namorar, mas há seis meses me faz uma mulher feliz e amada. Meu xodó, se tu sabes namorar ou não, isso não é nenhum problema. Uma coisa eu tenho certeza: tu sabes amar. E eu me sinto amada todos os dias.
Happy Valentine's Day.
sexta-feira, 6 de junho de 2014
Loucura chamada amor
Queria escrever sobre a liberdade, os cabelos loiros da menina ao vento num carro em movimento, mas como se eu estou preso por inteiro? Queria escrever sobre os lábios vermelhos e carnudos da menina dos mesmos cabelos loiros esvoaçantes que me fazem ficar bobo. Arrancar um beijo dali e deixa-lá sem graça. Mas não posso. Ou posso escrever algo que já sonhei inúmeras vezes?
Chamo-a de menina, pois não sei teu nome, chamo-a assim porque queria ela nos meus braços, eu conduzindo-a para a terra da perdição. Chamo-a de menina porque ela ficou no tempo, e eu ainda morro de amores por ela. Mas poderia chamá-la de tortura para os meus neurônios cansados ou até mesmo de colírio para os meus olhos pretos, sem vida.
Como sou garoto ingenuo, deixando-se levar por uma menina sem nome, mas com olhos do mar? Se nem o mar conheço... Se nem o azul sei ao certo... Se ela não está aqui. Deixo a rotina de lado para viver a aventura dela, corro para pegá-la, mas ela escapa. O ódio subindo para a cabeça, deixando-me vermelho de raiva. Porque não posso tê-la? Se ao menos eu soubesse algo sobre ela, o endereço, teu telefone... Qualquer coisa que pudesse achá-la, mas não.
Aí percebo que ela é da minha imaginação, fértil, que a cor dos lábios fui eu que escolhi, que prefiro loira à morena, que gosto das bochechas dela porque eu que a quis assim. Isso pode? Inventar uma loucura chamada amor que nem ao menos posso tocá-la com os meus dedos grossos? É permitido, Deus?
Esse jogo que a minha mente faz, essa ideia absurda de se apaixonar por alguém que não existe... Eu estou é ficando louco. Fui obrigado a sentar, daí vejo alguém me copiando, ela se senta do meu lado e eu olhei-a... Mas a boca não estava vermelha e sim sem batom. A boca rachada pedindo um beijo. A confusão era radical, pois eu estava sozinho, mas meus olhos queriam ver ela. Ela tocou no meu braço, como eu poderia sentir tal sensação? Porém eu senti. E pela força que eu não tinha, beijei o ar. Beijei ela. E perguntei pelo seu nome, e a resposta que recebi fora: "Podes me chamar de menina".
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Homem mau
Tu eras homem sumido, que só ligava pra saber onde que eu estava, mas não dava satisfação.
Um dia eu não atendi e tu fostes embora.
Senti saudade? Senti, mas bebi pra esquecer e encontrei um homem mau, daquele que sabia que eu aguentava dois dedos na minha boca e assim, eu chupava com gosto. Que nem pirulito ainda novo. Que nem criança pequena quando quer doce. E o quarto que só tinha a cama no meio estava a nossa disposição. Era só pra gente, apagava a luz e depois eu não respondia por mim mesma. Ia ao êxtase e voltava ao êxtase. Homem mau sabia me encantar, sabia o que estava fazendo.
Entre os dois, mau supera.
E esse homem também era malandro, tinha barba e olho vermelho, viajava na fumaça e voltava para me beijar. E eu quase tossia... Tu ia fundo, pegava pela minha nuca e não me deixava sair. O ar ia e saía dos meus pulmões, era para me condicionar? E eu já perdida, ele sorriu pra mim e entrou em mim. Daí eu não sei mais, fui pra Marte e voltei, com direito a passar pela Lua só pra visitar. Daí esquentou, talvez eu tenha ido ao Sol no meio do caminho. E foi assim durante a noite.
A sensação era tão boa que eu segurava os lençóis com força. Meus olhos reviravam e foi uma sucessão de ações: tu se virou pro lado, tomou água, fechou os olhos e dormiu. Simples assim.
Descobri, naquele momento, o porquê do homem mau, porque tu me comeu e foi embora. Bateu a porta junto com o teu copo e foi. Mas isso já era de manhãzinha, ele tinha ficado um pouco. Deve ter visto eu adormecer, mexeu nos meus cabelos e me deu um beijo na testa. Se não, não tem problema não, eu não era de ninguém, ninguém era meu dono. Sabia me virar.
terça-feira, 20 de maio de 2014
Foda-se
Parece clichê, mas cansei de todas as coisas que me atrasam. Verdade, poxa. Cansei porque eu não sou palhaça e não preciso aguentar gente que não sabe ser gente. Esquece que tem vida e quer cuidar da minha. Não preciso. Sinto muito, mas preciso crescer, mudarei de cidade, morarei sozinha e terei que cuidar de mim. Não necessito do outros e principalmente de ti. De ti, quero distância porque teus joguinhos de indiretas já não servem mais, a gota transbordou e tenho que cair fora antes que eu me afogue. Saí, simplesmente saí! Pra bem longe, não ultrapasse. Tu és louca.
Não vem que não tem. Conversei contigo, tu disse que estava tudo numa boa, que já seguisse com a fila, mas parece que foi tudo mentira, tu estacionou e só sente rancor. E, me desculpe novamente, mas tudo isso é uma comédia pra mim. Quem disse que tua amizade vale a pena estava enganado. Quero bem longe, bem longe de mim.
Vai ver eu que seja a culpada por manter esse teatrinho, todos devem ter percebido e eu na empolgação me ceguei. Vai ver eu preferi o amor do que tu e fiz uma ótima escolha. Ah, cara, resumindo... Tenho que mudar minhas prioridades e beber com gente que dá certo. Gente que gosta da gente e vice-versa. E se está com raiva, vai pescar...
E essa história de preconceito, me abri porque confiei em ti, mas parece que quando confiamos em alguém, temos que sempre deixar um olho aberto... Talvez seja uma cobra. Devo admitir que não beijo esse tipo de homem, mas tenho amigos desse tipo. Acho que tu aumentou e está tentando colocar todos contra mim, mas tenho uma única coisa a dizer pra ti, e desculpe-me o palavreado: foda-se.
segunda-feira, 12 de maio de 2014
O teu cheiro
A toca tampando o cabelo preto, o sorriso quase que fraco e a mão ocupada. Fui me aproximando aos poucos, parecia piada porque nenhum de nós estava afim um do outro. O papo foi, a conversa veio, a risada chata, o silêncio... até tu me chamar pra dentro, daí foi como se o cupido acertasse uma flecha na gente, doeu, e um toque mudou tudo. Tu segurou meu rosto, fez clima de filme e sem respirar, me beijou. Beijo bom, beijo que precisava ser repetido. Beijo que eu queria mais. Muito mais. Mais. Pra sempre.
Que a tua serenidade, teu carisma, tua diversidade, tua humildade, sem preconceitos... Faça de mim teu conceito. Que a gente não dure a eternidade, mas que a nossa amizade, o respeito entre a gente fique de mãos dadas. Gosto de te ter ao meu lado, gosto do teu abraço, da tua ingenuidade. Da tua roupa largada e teu senso de humor. Que o riso nunca saía da tua boca. E o amor por mim nunca morra.
segunda-feira, 5 de maio de 2014
domingo, 4 de maio de 2014
Sozinho
Às vezes no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado
Juntando o antes, o agora e o depois
Por que você me deixa tão solto?
Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho
Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho os meus desejos e planos secretos
Só abro pra você, mais ninguém
Por que você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?
E se ela de repente me ganha?
Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca pra fora
Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?
Texto de Caetano Veloso.
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado
Juntando o antes, o agora e o depois
Por que você me deixa tão solto?
Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho
Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho os meus desejos e planos secretos
Só abro pra você, mais ninguém
Por que você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?
E se ela de repente me ganha?
Quando a gente gosta
É claro que a gente cuida
Fala que me ama
Só que é da boca pra fora
Ou você me engana
Ou não está madura
Onde está você agora?
Texto de Caetano Veloso.
sábado, 3 de maio de 2014
Rabo de cavalo
Tu me me olhavas com estes olhos de cachorra no cio, com estes olhos azuis da cor do céu me pedindo cuidado, um zelo tamanho que precisei segurar teu rosto e dizer que tu eras linda, a mais linda de todas as gurias do mundo. Daqui. De lá. De qualquer lugar. E daí tu sorriu, clareou o quarto escuro e passastes a língua nos teus lábios e me chamastes para um beijo, eu aceitaria até se fosse meio beijo. Puxei-te a mim e não esperei tu vires. Agarrei teu rosto e te trouxe como se fosse raio, nossas línguas eram fogos de artifício, eu era.
Se fosse preciso descrever a felicidade, eu falaria que eras tu. Que era a cor do teu cabelo e o branco dos teus dentes, que era o cigarro na tua mão indo de encontro aos teus lábios rosados e a fumaça que saía deles. Descreveria que era a roupa que tu não usava, a calcinha preta de renda que estava no canto da cama e a tua cabeça no meu ombro. Comentaria também que felicidade era tu do meu lado ou em cima de mim me cobrindo com o teu cabelo cheiroso. Da minha barba roçando teu rosto lisinho e tua mão se perdendo no meio caminho...
Já estava amanhecendo, não queria que tu fostes embora, mas tu se levantou de mansinho. Eu observava com o canto do olho. Tu procurou tua saia, tua blusa e o chinelo. Vestiu-se como uma boneca e fez um rabo de cavalo. Ah, se eu puxasse esse rabo... Teu grito ecoaria no quarto de poucos metros quadrados e de certa pediria bis e calaria a minha boca com um beijo-sorriso. Eu iria na onda, puxaria de novo e tu gritaria mais uma vez, mas agora sem o beijo. E eu ficaria louco. Oh, se ficaria louco...
Se fosse preciso descrever a felicidade, eu falaria que eras tu. Que era a cor do teu cabelo e o branco dos teus dentes, que era o cigarro na tua mão indo de encontro aos teus lábios rosados e a fumaça que saía deles. Descreveria que era a roupa que tu não usava, a calcinha preta de renda que estava no canto da cama e a tua cabeça no meu ombro. Comentaria também que felicidade era tu do meu lado ou em cima de mim me cobrindo com o teu cabelo cheiroso. Da minha barba roçando teu rosto lisinho e tua mão se perdendo no meio caminho...
Já estava amanhecendo, não queria que tu fostes embora, mas tu se levantou de mansinho. Eu observava com o canto do olho. Tu procurou tua saia, tua blusa e o chinelo. Vestiu-se como uma boneca e fez um rabo de cavalo. Ah, se eu puxasse esse rabo... Teu grito ecoaria no quarto de poucos metros quadrados e de certa pediria bis e calaria a minha boca com um beijo-sorriso. Eu iria na onda, puxaria de novo e tu gritaria mais uma vez, mas agora sem o beijo. E eu ficaria louco. Oh, se ficaria louco...
quarta-feira, 16 de abril de 2014
Obrigado
Vai ver eu não estou amando pra poder falar de amor, hoje não falarei de amor, e só consigo pensar no sexo bom que fiz no sábado por volta das oito da manhã. O Sol entrando de fininho pela brecha da cortina e tu parecia tão calmo... Tão anjo. Parecia que a gente se conhecia a anos, mas na realidade era apenas algumas horas. Só saberia falar do teu exterior, até porque não tínhamos nada em comum. Só a cama que habitávamos. E os lençóis que estavam nos cobrindo.
A fome fez meu estômago dar um nó, levantei sem muito cuidado e segui até a cozinha. Era como se eu estivesse num labirinto procurando o meio dele. Até que encontrei, era bonita. Como se tivesse sido decorada a pouco tempo, no balcão de cor amarelo ovo estava a cafeteira, demorei um pouco para fazê-la funcionar e então saiu café e fora direto para a caneca que já estava lavada em cima da pia. Tomei um gole, dois e três. E, pelo vício, deu vontade de fumar um cigarro. Caminhei de volta ao corredor e vi minha bolsa no chão. Memórias de uma noite que o céu já não estava tão escuro assim... Ri abafado e o menino ainda dormia. Coloquei de novo a caneca na boca e tomei. Acendi o cigarro e fui pra sacada. Havia roubado uma camiseta do menino das gringas. Queria ela para mim.
"Acordou?"
"É..."
"Então... Bom dia. Tem mais café?".
Perguntaria se ele também gostava e levantaria a caneca num movimento involuntário, mas era uma pergunta óbvia demais. Apenas concordei com a cabeça.
Então ele foi...
Era apenas um dia que a gente se lembraria só de algumas cenas... Estávamos ali só para satisfazer o corpo, era uma festa que queríamos ir além. E apenas isso. Só. E mais nada. Não tínhamos pensamentos de ir adiante, pegar a mão um do outro e dizer te amo todas vezes que ficaríamos entediados. Não daríamos beijos na testa em significado de proteção. Não aconteceria porra nenhuma.
Estaríamos num diálogo sem emoção, comentaríamos da festa e daríamos algumas risadas forçadas. Daria-me um beijo na bochecha e falaria um "até breve, quem sabe nos encontramos em outra". E eu não me machucaria porque eu não quero falar de amor hoje, hoje não.
"Obrigado pelo café"
"Obrigada pelo sexo bom".
segunda-feira, 31 de março de 2014
segunda-feira, 24 de março de 2014
Eu estou bem
Bateu saudade
Achei que era amor de verdade
Mudei a cor do cabelo e te chamei pra sair
Mas você demorou pra chegar e eu pedi um açaí
Sentou um cara do meu lado, perguntou se o lugar tava ocupado
Disse que não, então ele pegou na minha mão
Falou: “Menina, para de chorar. Se fosse amor, ele estaria aqui pra te curar”
Descobri que era amor próprio
A saudade era de mim
O cara perguntou se eu tava bem
E enfim pude dizer que sim.
Texto de Giovanna Ferrarezi.
terça-feira, 11 de março de 2014
Esquinas esquecidas
Foi naquela esquina ali, moço. Ele foi embora e nunca mais voltou. Eu fiquei, recolhendo os cacos do que sobrou de nós dois, porque não sou de deixar lixo no chão. E nossa história morreu ali, pra nunca mais. Duas ou três pessoas estavam na rua e serviram de público do nosso espetáculo final, mas não houve aplausos porque a encenação deixou a desejar. Não houve gritos, choros, raiva, nem nada disso que casais fazem quando brigam. Aliás, a gente não brigou, só deixou de se amar. E acho que isso dói mais que qualquer grito.
Mas se eu pudesse te contar só um segredo, eu diria que volto lá uma vez por ano para ver se encontro. Pra ver se o amor se multiplicou. Se caiu perto de uma poça d’água e sobreviveu. Sei lá, qualquer coisa. É que uma partezinha de mim ainda acha que nossos caminhos vão se cruzar e coisa e tal. Uma parte de mim acha que qualquer dia eu esbarro com ele na mesma esquina. E a gente se abraça e esquece tudo.
É culpa da quantidade de desenhos de príncipes e princesas que eu vi na infância, moço. Mesmo depois de tanto tempo, mesmo depois de tanta decepção, eu ainda espero o final feliz. Acho que tudo é uma questão de querer ter controle da minha história, sabe? Eu não aceito que uma coisa que eu queria tanto não conseguiu acontecer.
Mas me diz. Você, que vive por aí sem se agarrar a nada, já esbarrou com ele pelo mundo? Tá bem? Saudável? Inteiro? Meu maior medo, moço, sempre foi que ele quebrasse. Que não aguentasse. Que ficasse partido de novo, em pedacinhos, como no dia em que a gente acabou. E acho que é um pouco por isso que eu nunca fui atrás: chega uma hora em que a gente não quer ver quem a gente gosta sofrendo.
Eu sofri, moço. Mas também fiz sofrer e admito. É que todo mundo erra, e ama errado porque não sabe direito como é amar. E fala besteira. E não dá carinho quando devia. E tem dia que queria só ficar sozinho. Todo mundo, moço. E eu não sou perfeita. E naquele dia, quando ele foi embora daquela esquina, eu gritei pra ele nunca mais voltar. E ele não voltou, moço.
Nem sei porque tô te contando tudo isso, é que hoje eu sonhei com ele. E passei por aqui e vi aquela esquina. E meu passado voltou com tudo e me deu um murro no estômago. E eu tive que aceitar as escolhas que fiz e que deixei que fizessem por mim. E aí doeu de novo, doeu muito. Mas agora, moço, agora a vida continua. E eu vou pra outras esquinas, ver se o amor fugiu para alguma delas. Ver se encontrou um novo dono. Qualquer coisa. Porque é assim que a vida é. Não é, moço?
Texto de Karine Rosa.
Mas se eu pudesse te contar só um segredo, eu diria que volto lá uma vez por ano para ver se encontro. Pra ver se o amor se multiplicou. Se caiu perto de uma poça d’água e sobreviveu. Sei lá, qualquer coisa. É que uma partezinha de mim ainda acha que nossos caminhos vão se cruzar e coisa e tal. Uma parte de mim acha que qualquer dia eu esbarro com ele na mesma esquina. E a gente se abraça e esquece tudo.
É culpa da quantidade de desenhos de príncipes e princesas que eu vi na infância, moço. Mesmo depois de tanto tempo, mesmo depois de tanta decepção, eu ainda espero o final feliz. Acho que tudo é uma questão de querer ter controle da minha história, sabe? Eu não aceito que uma coisa que eu queria tanto não conseguiu acontecer.
Mas me diz. Você, que vive por aí sem se agarrar a nada, já esbarrou com ele pelo mundo? Tá bem? Saudável? Inteiro? Meu maior medo, moço, sempre foi que ele quebrasse. Que não aguentasse. Que ficasse partido de novo, em pedacinhos, como no dia em que a gente acabou. E acho que é um pouco por isso que eu nunca fui atrás: chega uma hora em que a gente não quer ver quem a gente gosta sofrendo.
Eu sofri, moço. Mas também fiz sofrer e admito. É que todo mundo erra, e ama errado porque não sabe direito como é amar. E fala besteira. E não dá carinho quando devia. E tem dia que queria só ficar sozinho. Todo mundo, moço. E eu não sou perfeita. E naquele dia, quando ele foi embora daquela esquina, eu gritei pra ele nunca mais voltar. E ele não voltou, moço.
Nem sei porque tô te contando tudo isso, é que hoje eu sonhei com ele. E passei por aqui e vi aquela esquina. E meu passado voltou com tudo e me deu um murro no estômago. E eu tive que aceitar as escolhas que fiz e que deixei que fizessem por mim. E aí doeu de novo, doeu muito. Mas agora, moço, agora a vida continua. E eu vou pra outras esquinas, ver se o amor fugiu para alguma delas. Ver se encontrou um novo dono. Qualquer coisa. Porque é assim que a vida é. Não é, moço?
Texto de Karine Rosa.
quarta-feira, 5 de março de 2014
Que tal?
Perdi-me na tua boca carnuda e agora não acho o caminho de volta, tu vem com a língua descontrolada percorrendo o meu céu da boca e está um dia lindo. Um dia lindo pra gente se encaixar em cima da cama sem lençol.
É que tu viestes pra minha casa quase sem roupa, como eu poderia perder esta oportunidade? A camiseta maior que o corpo e o cabelo solto sem ver uma escova... Mas tu és uma mulher rara que precisa de coleira pra não fugir, tu és incansável e curte bebida em taça cara e petiscos nobres. Que tal eu te beliscar e tu delirar?
Eu roubei o teu primeiro beijo, peço o segundo, te cobro o terceiro e te convenço a ir ao quarto. E logo em seguida ir ao quarto daquele da cama desarrumada. Tu dá risada forçada e vejo que não és mulher da vida que topa qualquer parada. Tu és mulher de colcha na cama e com almofadas pra enfeitar, mas após a segunda dose vem tirando a camiseta com o sorriso largo e mostra o porquê que as mulheres vieram ao mundo. Eu eu acompanho o teu sorriso e sorrio, mas com os olhos grudados em teus seios. Perdoe-me, mas fui obrigado a cair em cima. Deixe-me cair na tentação e ao invés de pedir o segundo, roubo-o que nem o primeiro. Afoguei-me no teu prazer e não quero subir para respirar. Menina que virou mulher que agora é mulher, tu me deixa louco e dizer bobagens impensáveis.
Não me olha desse jeito não! Para amanhã sentir saudade e sacanagem que tu fazes.
É que tu viestes pra minha casa quase sem roupa, como eu poderia perder esta oportunidade? A camiseta maior que o corpo e o cabelo solto sem ver uma escova... Mas tu és uma mulher rara que precisa de coleira pra não fugir, tu és incansável e curte bebida em taça cara e petiscos nobres. Que tal eu te beliscar e tu delirar?
Eu roubei o teu primeiro beijo, peço o segundo, te cobro o terceiro e te convenço a ir ao quarto. E logo em seguida ir ao quarto daquele da cama desarrumada. Tu dá risada forçada e vejo que não és mulher da vida que topa qualquer parada. Tu és mulher de colcha na cama e com almofadas pra enfeitar, mas após a segunda dose vem tirando a camiseta com o sorriso largo e mostra o porquê que as mulheres vieram ao mundo. Eu eu acompanho o teu sorriso e sorrio, mas com os olhos grudados em teus seios. Perdoe-me, mas fui obrigado a cair em cima. Deixe-me cair na tentação e ao invés de pedir o segundo, roubo-o que nem o primeiro. Afoguei-me no teu prazer e não quero subir para respirar. Menina que virou mulher que agora é mulher, tu me deixa louco e dizer bobagens impensáveis.
Não me olha desse jeito não! Para amanhã sentir saudade e sacanagem que tu fazes.
Entre as veias cavas
A tempestade que chega é a cor dos teus olhos castanhos, ela vem para devastar o coração que não bate mais por ti. Ela vem para arrebentar e fazer bombar o sangue que corre entre as veias cavas, só não se sabe se é sangue arterial ou venoso. Como fazes confusão nesse pobre coração já quebrado por ti... A tempestade que vem, às vezes, vem para acalmar, mas não é o caso. Esta sensação que só descontrola o físico e deixa uma completa depressão na mente embaixo do edredom que fica vagando procurando alguém que nunca trará surpresa.A cor dos teus olhos já não dizem nada, eles estão cheios de vazio. Um vazio que não cabe mais preenchê-lo, estragou o verão que fazia o sol nascer todos os dias. Os dias escureceram e com eles, levam-te embora daqui.
As verdades machucam, mas machucastes mais o coração que zelava por ti. Um cuidado que tu não destes. Agora não vens chorar, não será tuas lágrimas falsas e transparentes que irão trazer arrependimento. Não vens de mancinho beijar o pescoço e segurar os cabelos louros. De bobagem o músculo cardíaco já se encheu. Cabe a ti dar meia volta e ir andando devagarzinho, mas bem devagarzinho porque basta vinte segundos de coragem para te alcançar correndo.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Mudança
De casaco de pele ela me consumia, me rasgava por dentro querendo ela dentro de mim. Seu cabelo que me dominava e o seu cheiro que eu seguia em qualquer esquina. Gostava de como ela se amava. Que não dava alô para a saúde, que gostava de como ela era. Aquela arrogância que se misturava com a fumaça que saía de suas narinas...
Fazia tempo que não há via, ela mudou, mudou o jeito e o modo de pensar. Antes era jeans e camiseta, agora estava com um glamour, um tom de algo... alguma cor que não sabia identificar... imagina se eu fosse daltônico! Aí que me ferrava no amor de vez e em seus olhos... Mas que ela me ferrasse direito e com malandragem, pegasse onde deveria e me levasse às nuvens ou para o quarto mais próximo.
Daí "Vamos dar um rolé? Eu, a lua e tu?" e ela me respondeu com um puta sorriso com os dentes brancos de brilhar. Fui obrigado, peguei em sua mão e a puxei pra praia mais próxima, a deitei que nem naqueles filmes brega e a beijei com todo o desejo do mundo. Após, só quis deitar do lado dela, porque eu estava satisfeito, mas não dela. Do seu beijo.
É tirar a roupa e perder o juízo e opa! Descontrolar-se. Fazer da química uma reação e daqui colocar uma faísca pra dar uma ação. A ação dela ficar de quatro na cama e eu, como todo homem, fazer bonito. Ela apertaria os lençóis e iria gemar, soltaria os cabelos e rebolaria gostoso. Como ela sabe.
Amaria mais aquela mulher depois daquilo.
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
O pecado dos teus olhos
Deixa eu beijar teu corpo nu como se fosse a cura dos meus pecados, deixa eu morder tu todinha para saborear. Deixa eu brincar contigo como se fosse dia das crianças. Continuas do jeito que tu és... Sem papas na língua, mas com essa língua na minha boca. Beijar com dentes e lábios, língua e mil desejos. Mostra do que tu és capaz porque não sei nem um terço. Deixa a roupa pra trás, só vem de calcinha, daquelas fáceis de rasgar. Continua sem piscar e olhar para o lado errado. O que foi? Solta o cabelo, borra esse batom vermelho em meus lábios. Faz beicinho que eu chego num segundo.
Tu serás minha, pelo menos até eu gozar. Depois pode ir embora, mas vê se volta. Volta correndo porque o tempo é curto e precisamos fazer mais vezes. Com a música eletrônica quase sem graça, seja o diabo pra tirar de mim os meus pecados. O céu chega só quando tu delirar de tesão, os braços se movimentarem de tal maneira que eu fico cego. Não sei bem, cego de amor, mas cego por ti. Teus olhos são o paraíso e eu preciso ir contra a correnteza para tocar em ti.
Amo-te com roupas escuras e claras, amo-te do jeito paz e amor de tu seres. Gosto de cada detalhe do teu corpo, gosto quando abres um sorriso de ponta a ponta e quando diz alguma ordem.
Chega mais que já tô com saudade. Repete mais uma. Pede mais uma gelada.
sábado, 1 de fevereiro de 2014
Box
A gente se entende da melhor maneira, de olhos fechados e abertos. Com a cara para bater. A gente sabe nossos defeitos, como a tua indecisão e meu jeito impaciente. A gente brinca, ri e se chupa. Se namora, como se fôssemos um só, se encanta. Tuas palavras sinceras, teus elogios sem pé sem cabeça... E quando pegas na minha mão, meus dedos entrelaçados nos teus, é uma sensação dos Deuses, vou para o céu e volto no mesmo instante. Tu és canalha, atrevido e não sabes onde pôr a mão, tu faz exatamente o contrário do que te peço. Que tal a gente dar uma volta e se perder por aí?
Por aí! Em qualquer lugar. "Decide logo, menino!". A gente fala pra todo mundo que nós sumimos, colocarão cartazes com nossas fotos e em negrito escreverão que estamos desaparecidos. Mas a verdade é que estamos perdidos de amor, amor pra dá e vender. Dar pra gente, comer de amor... Teu rosto se perder nos meus cabelos enquanto teus lábios beijam meu pescoço e de vez aparece um sorriso pra cegar os olhos. Calma que a gente depois volta, não fica com saudade, não! Depois a gente volta pro mundo, deixa a gente viver "nosso" mundo primeiro. Tu me faz tão bem, mas tão bem que esqueci de todos os problemas que tenho. Contigo estou no paraíso e não quero sair mais.
Amor sem rótulos, amor sem posse, amor sem controle porque somos o destino, caminhamos por onde queremos. E o sorriso vem quando tu me olhas deste jeito, deste puta jeito de malandro que pede beijo, mas sabe que não ganhará por ter feito algo ruim. Ah, se a gente pudesse amar a mesma pessoa por toda vida...
Estamos molhados, com o coração sem razão, o chuveiro ligado e a água batendo em nossos corpos. Estamos molhados, não estamos raciocinando direito, mas isso é só um detalhe o que queremos é amor, amor e nada mais. Vem, puxa meu cabelo, brinca com a minha inocência sem questionar... Interage com o universo paralelo porque ali naquele box somos apenas tu e eu.
Mas a gente sabe que falaremos as mesmas palavras ditas gritadas para outra pessoa. E daremos sempre os mesmos beijos embaixo do chuveiro.
domingo, 12 de janeiro de 2014
Verbo querer
Nossos olhos se agradam com as paisagens vistas, ficamos admirados por algo novo e que não conhecemos. Gostamos das coisas bonitas e nos comovemos pelas coisas feias. Queremos mudar o mundo ou simplesmente nos mudar. Eu sou o mundo, tu faz parte dele. Goste ou não.
Gostamos das coisas fáceis e desejamos as difíceis. Precisamos de quem não precisa da gente e choramos com filmes bobos românticos. Queremos o além, mas nem conseguimos o que está próximo. Vivemos num mundo hipócrita e como eu disse antes, somos hipócritas.... Seguindo pela linha do pensamento, lógico. Mentimos tanto que nos perdemos nas nossas próprias mentiras, passamos dias sem importância para um valer a pena. Sorrimos quando queremos e sem querer também.
Tem gente que não gosta da gente, tem gente que gosta, tem gente que é apaixonado. Assim como eu sou por ti. Curtimos e descurtimos, temos boas sextas-feiras e ruins sábados de noite. Bebemos até cairmos e rimos quando levantamos.
Somos quem somos porque somos assim. Somos o que nossos pais querem até uma certa idade. Brincamos no balanço então beijamos nosso melhor amigo e depois ele vira namorado, marido e quando passa o tempo somos viúvos. Ah, como a gente é curioso. Quer se meter onde não é chamado, descobrir coisas que venham ao caso, quer ver mais do que alcança. Perder pra saber como que é depois.
Passado, presente e futuro. Somos como queremos ser, mudamos quando queremos. E tudo fica em volta do verbo "querer" porque é a lei da sobrevivência, só vamos se queremos.
A íris que tornou-se vermelha
Dizer que tudo tem seu tempo, seus medos e seus defeitos. Dizer que amar não é só da boca pra fora, é carinho, é estudo e muito bem desorganizado. É sem papas na língua, sem erro nem acerto. Admitir que está flutuando e logo voltar aos braços do amado. É curtir sem compromisso e estufar o peito falando que é corajoso e rouba-lhe um beijo.
É rotina sem rotina, dormir de conchinha ou separado. É não ter hora para surpresas.
E quando chega a hora de dar tchau, como machuca! Sê machuca, crava a faca no mesmo coração que amou e tira sem piedade. Jogar as fotos ou esconder de não lembrar o lugar, chorar por dias com os olhos inchados. O azul da íris avermelhado... Como se o coração fosse feito de aço, pediu para esquecer os beijos e os abraços. E como ferida ainda brinca: "Por favor, entenda, o seu nome ficará na agenda na página de amigos" e a porra que vem na tua cabeça é: "como é possível ser amigo de alguém que trouxe tanta felicidade?" E agora só tristeza...
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